SAÚDE
“O câncer de mama tentou me derrubar, mas a rede pública salvou a minha vida”, conta paciente que superou a doença
“Descobrir um câncer de mama não é fácil. Foi um choque. No início, eu senti medo, desespero e incerteza”, é o que conta a Antônia Josimar de Oliveira, de 57 anos, que vive no Rio de Janeiro há mais de 40 anos. Para ela, receber o diagnóstico da doença foi algo inesperado. “Eu tinha feito uma mamografia e estava tudo normal. Pouco tempo depois, enquanto fazia uma limpeza em casa, bati o seio na janela e ficou um hematoma. Logo em seguida apareceu um caroço, voltei à ginecologista, e refiz o exame”.
Essa decisão salvou sua vida, já que o novo exame revelou alterações e, após a ultrassonografia e a biópsia, veio a confirmação do diagnóstico de câncer de mama. O impacto da notícia foi grande, mas o acolhimento fez toda a diferença. “Quando o médico perguntou se eu tinha plano de saúde e eu disse que não, ele explicou que eu precisaria entrar na fila do X-REG. Fiquei desesperada, achando que ia demorar. Mas, graças a Deus, foi muito rápido. Fiz o cadastro no fim de maio e, no começo de junho, já estava sendo chamada para o INCA”.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA), vinculado ao Ministério da Saúde, é o centro de referência nacional no tratamento e pesquisa em oncologia. A instituição oferece diagnóstico, cirurgia, quimioterapia, radioterapia, reabilitação e apoio psicológico, tudo 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Antônia descreve o INCA como um lugar de cuidado e esperança. “Desde o primeiro dia em que entrei lá, fui muito bem tratada. Os profissionais me acolheram com carinho, atenção e respeito. O medo foi desaparecendo, lá eles não cuidam só da doença, cuidam da gente como pessoa. Eu me senti em casa”, relembra.
Após a cirurgia, Antônia iniciou a quimioterapia, mas enfrentou complicações graves. “Na quinta sessão da quimio, tive uma reação alérgica muito forte. Fiquei 25 dias internada. Minha pele escureceu, perdi dentes e unhas, tive feridas no corpo todo. Por um momento achei que não fosse resistir, mas segui lutando e confiando em Deus e na equipe médica”.
Após se recuperar da internação, ela passou pelas 30 sessões de radioterapia. Com o final do tratamento, Antônia sentiu-se confiante para desfilar no Carnaval. “Saí pela escola de samba Porto da Pedra, em São Gonçalo. Quando os fogos começaram a brilhar, senti que uma nova Antônia estava nascendo. A partir dali, decidi viver plenamente”, se emociona.

Foto: arquivo pessoal
Recomeço
Durante o tratamento, Antônia participou de um projeto-piloto no Instituto que associava atividade física à radioterapia. Ela começou a praticar pilates e logo notou a diferença. “Saía das sessões com mais disposição e energia. O pilates me deu força física e mental. Hoje continuo praticando, faço academia, ando de bicicleta e levo uma vida ativa”.

Foto: arquivo pessoal
Hoje, Antônia faz acompanhamento regular e leva uma vida saudável. “Graças ao SUS, eu estou viva e feliz. Tenho acesso aos meus remédios, exames e consultas sempre que preciso. Sou muito grata ao cuidado dos profissionais e a minha família. O câncer tentou me derrubar, mas a rede pública salvou a minha vida.”
Ações de prevenção e cuidado
O Ministério da Saúde reforça a importância do diagnóstico precoce e do acesso gratuito ao tratamento pelo SUS. Para ampliar as chances de diagnóstico precoce, a pasta passou a oferecer mamografia a mulheres a partir de 40 anos, mesmo sem sintomas ou histórico familiar da doença. A mudança da faixa etária fortalece o rastreamento e o acesso à assistência. O exame é gratuito e pode ser agendado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o país.
Outra novidade é a chegada do Trastuzumabe Entansina, medicamento inédito incorporado ao SUS para o tratamento do câncer de mama do tipo HER2-positivo, uma forma agressiva da doença que estimula o crescimento das células tumorais. O remédio será destinado a pacientes que ainda apresentem sinais da doença após a quimioterapia inicial e atenderá 100% da demanda pelo medicamento na rede pública.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
SAÚDE
Ministério da Saúde lança chamada pública para mapear experiências exitosas em proteção social às pessoas com tuberculose
O Ministério da Saúde abriu uma chamada pública para identificar e valorizar experiências exitosas em proteção social voltadas às pessoas com tuberculose. A iniciativa faz parte do Programa Brasil Saudável – Unir para Cuidar e busca práticas inovadoras que fortaleçam a articulação entre saúde e assistência social, promovam direitos e enfrentem o estigma da doença.
Podem participar secretarias de saúde, coordenações estaduais e municipais de tuberculose, serviços do SUS, secretarias de assistência social, organizações da sociedade civil e instituições acadêmicas. As experiências selecionadas serão apresentadas em evento virtual e publicadas pelo Ministério da Saúde.
As iniciativas devem estar alinhadas às diretrizes do Programa Brasil Saudável, à Instrução Operacional Conjunta nº 01/2019 (IOC) e ao Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, podendo envolver ações de segurança alimentar, apoio socioeconômico, transporte, habitação, enfrentamento do estigma, inovação, pesquisa e articulação intersetorial.
Inscrições
As inscrições são exclusivas pelo formulário eletrônico, até 23h59 do dia 5 de dezembro de 2025. Cada instituição pode inscrever apenas uma experiência, que será avaliada por um Comitê de Seleção composto por especialistas, membros da academia e da sociedade civil.
Serão escolhidas dez experiências, com representantes de todas as regiões do país, que receberão certificado, convite para apresentação em evento virtual e coautoria na publicação oficial. Iniciativas com pontuação mínima, mas não selecionadas, receberão menção honrosa.
O cronograma prevê início das inscrições em 29 de outubro de 2025, término em 5 de dezembro de 2025, início da avaliação em 15 de dezembro de 2025 e divulgação dos resultados em 2 de fevereiro de 2026. Dúvidas podem ser enviadas para [email protected].
João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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