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Deputado pede concessão específica da FICO para acelerar logística do Araguaia

O deputado Dr. Eugênio de Paiva (PSB) sugeriu aos representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para que o edital futuro de concessão do serviço de transporte e infraestrutura ferroviária da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) seja separado de outros trechos do chamado Corredor Ferroviário Leste Oeste, que engloba a malha férrea e a Ferrovia de Integração Leste-Oeste (FIOL).

A proposta foi defendida também pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT) e demais beneficiários, em audiência pública da ANTT, na sexta-feira (14/3), no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. No planejamento, a licitação do trecho de cerca de 1.700 Km do modal, desde o Estado da Bahia, prevê concessão única.

Diretores da agência confirmaram que até 2028 os 383 Km da ferrovia, desde o município de Mara Rosa (GO), cheguem em Água Boa, no Vale do Araguaia. A obra está com 20% de execução e com 100% das licenças liberadas.

“Eu peço encarecidamente, Mato Grosso pede, o Araguaia pede: vamos desmembrar para que no ano 1, em 2027, a concessionária vencedora possa fazer seu trabalho e empresas grandes estão indo para o Araguaia”, disse Dr. Eugênio.

“São projetos já em execução, como 4 usinas de etanol de milho sendo instaladas, em Água Boa, Canarana, Querência e Porto Alegre do Norte”, afirmou sobre empreendimentos que pedem urgência na chegada da ferrovia na região. “E nós precisamos reduzir o custo do escoamento da nossa produção e ter mais eficiência e competitividade na produção agrícola de Mato Grosso”, comparou Dr. Eugênio.

O superintendente de Concessão da Infraestrutura da ANTT, Marcelo Fonseca, disse que a agência está à disposição para acatar a sugestão do Dr. Eugênio e demais beneficiários.

“O desmembramento é uma possibilidade que pode ser avaliada pelo poder concedente. E nós estamos aqui para ouvir a sociedade e avaliar as melhores hipóteses”, comentou o superintendente na audiência pública.

“E certamente está registrado e consideraremos todas as possibilidades do projeto. A partir de agora a gente tem a configuração que vai seguir adiante”, completou Marcelo Fonseca.

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Demanda – O diretor executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso e diretor da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Edeon Vaz Ferreira, é outra liderança do setor agro que sustentou a necessidade de edital de concessão separado da FICO.

“Esse trecho deve ser apartado e deve se ter concessão individual dele. Nós precisamos que esse trecho Água Boa a Mara Rosa seja um outro operador”, defendeu.

“Nós não podemos ter operação sendo feita pela VLI e a Rumo porque eles são monopólios naturais. Não é que eles queiram ser monopolistas, é que natural, só tem eles. Nós precisamos ter mais operador. Tem que se criar uma oportunidade para outro operador entrar (na concessão)”, explicou Edeon.

O coordenador de Logística da Aprosoja, Orlando Henrique Vila, também reforçou a necessidade do desmembramento do edital de concessão de exploração da FICO. Ele disse que Mato Grosso está longe dos portos, em uma distância média de 1.700 Km a 2 mil Km. Ele lembra que a ferrovia vem como solução do modal de transporte mais adequada para as commodities de soja e milho, que são referência no Estado.

“Esse projeto FICO-FIOL é muito importante. Mas, eu concordo com o que foi discutido aqui, e é necessária uma divisão das concessões. Uma concessão da FICO e uma concessão da FIOL. A FICO ficando pronta em 2028, seria interessante que já conseguisse um concessionário para esse trecho, de Mara Rosa a Água Boa”, argumentou.

O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (FACMAT), Jonas Alves de Souza, é outra liderança que fez a sugestão de separação do edital de concessão para exploração da FICO.

“A gente também defende o desmembramento dessa concessão da FICO da FIOL. É uma outra história. Nós temos que ir passo a passo. Estrategicamente, nós de Mato Grosso e do Centro-Oeste queremos nos interligar com os portos. Nós estamos longe de tudo. A nossa produção está longe dos portos e nosso consumo também está longe do Centro-Oeste”, afirmou.

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Audiência Pública – A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizou audiência pública em Cuiabá para ouvir contribuições da sociedade para aprimorar estudos sobre concessão para exploração da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) e Ferrovia de Integração Leste Oeste (FIOL).

A FICO está em construção pela Vale de Mara Rosa (GO) até Água Boa, em Mato Grosso, em trecho de 383 Km. A previsão é que a ferrovia chegue à cidade em 2028.

A FICO permitirá o escoamento da produção do Vale do Araguaia e do Estado de Mato Grosso para a Ferrovia Norte-Sul, no chamado Arco Norte, até aos portos do Itaqui, no Maranhão, e Vila do Conde, no município de Barcarena, Pará. A Norte-Sul teve o traçado original de construção de Açailândia (MA) a Anápolis (GO) iniciado em 1987.

Na audiência pública foram apresentados aspectos como engenharia dos projetos, modelagem econômico-financeira, operação e estudos socioambientais. Foi a terceira audiência pública da semana sobre o tema. Outras foram feitas em Brasília, na terça-feira (11) e Salvador (12).

As ferrovias quando prontas permitirão interligar o sistema nacional ferroviário e interligar regiões produtoras agrícolas do interior do Brasil, como Mato Grosso, aos portos.

De acordo com a ANTT, a operação das ferrovias do Brasil contribui para reduzir o custo logístico em cerca de R$ 0,5 bilhão por ano, na exportação de soja, milho, farelo de soja e transporte de combustíveis, açúcar, algodão e fertilizantes. A operação das ferrovias também possibilita a competitividade do setor e reduz a dependência das rodovias, atualmente em 65% da matriz de transportes do Brasil, segundo a agência.

Fonte: ALMT – MT

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Assembleia realiza consultas públicas sobre divisão territorial entre Campo Verde e Santo Antônio de Leverger

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), por meio do deputado estadual Wilson Santos (PSD), realizou consultas públicas com os moradores das comunidades envolvidas no processo de redefinição dos limites territoriais entre os municípios de Santo Antônio do Leverger e Campo Verde. As reuniões ocorreram no último sábado (22), nas associações das comunidades Serrana e Córrego do Ouro, em atendimento ao Projeto de Lei n.º 1.783/2024, de autoria da Comissão de Revisão Territorial dos Municípios e das Cidades da Casa de Leis. O revisão dos limites territoriais foi possível após um acordo entre a prefeita de Santo Antônio, Francieli Magalhães (PSB) o prefeito de Campo Verde, Alexandre Lopes (UB).

O deputado Wilson Santos, durante as reuniões, explicou aos presentes que a matéria será votada em plenário e, se aprovada, dependerá da sanção do governo estadual para se tornar lei. “Depois de muita luta e trabalho, conseguimos convencer as autoridades municipais a avançar com a divisão territorial. Não foi fácil. Perdemos duas vezes na Justiça para a gestão de Santo Antônio de Leverger. Agora, com a prefeita Francieli, só temos a agradecer, pois ela foi fundamental para que esse momento acontecesse. O processo foi longo e ainda terá desdobramentos”.

Pelo acordo firmado entre os gestores municipais, as comunidades Formiga, Serrana, Vale Abençoado, Águas Quentes e Bonfim permanecerão sob a jurisdição de Santo Antônio de Leverger. Já Mata Mata, Gleba Bigorna, parte de Santo Antônio da Fartura, Córrego do Ouro, Abolição e Bom Jardim passarão a integrar Campo Verde. “Estamos aqui para ouvir as lideranças locais e as duas prefeituras chegaram a um consenso. A Assembleia Legislativa busca sempre o diálogo e a transparência. No entanto, durante as consultas públicas, identificamos que a maioria dos moradores das comunidades Serrana e Formiga manifestou interesse em pertencer a Campo Verde”, destacou o deputado, reforçando que o projeto ainda não foi convertido em lei, mas que há possibilidade de uma reavaliação para atender a vontade popular.

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Para o presidente da Associação de Produtores da Agricultura Familiar do Córrego do Ouro, Nadir Moreira Santana, a redefinição territorial será importante para o desenvolvimento da região. “Há anos pedimos para essa área ser anexada a Campo Verde. Isso porque somos assistidos por esse município e estamos a 60 quilômetros (km) de distância de lá, enquanto Santo Antônio de Leverger fica a 140 km. Quando precisamos de socorro, recorremos ao vizinho mais próximo – e, no caso da saúde, é Campo Verde que nos atende. Essa decisão é muito importante, pois respeita a opinião da comunidade. Temos dificuldades de acesso a Santo Antônio de Leverger e o município também enfrenta dificuldades para nos atender”, argumentou o produtor rural.

A aposentada Leopoldina Pereira, moradora do Córrego do Ouro há 40 anos, disse estar torcendo para que a mudança se concretize, pois acredita que os serviços públicos serão mais acessíveis e eficientes sob a jurisdição de Campo Verde. Já o representante da comunidade Formiga, Silvaney Antônio Rezende, afirmou que a população local deseja também ser incluída neste município. “Somos áreas isoladas de Cuiabá e ficamos a mais de 100 km de Santo Antônio de Leverger. Não recebemos nenhum benefício. Essa é a nossa chance de resolver essa situação. 100% da comunidade Formiga quer pertencer a Campo Verde”, enfatizou.

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Diante das reivindicações, Wilson Santos encaminhou um ofício à prefeita Francieli Magalhães, nesta segunda-feira (24), formalizando o pedido da maioria dos moradores das comunidades Formiga e Serrana para integrar Campo Verde. “Diante dessa clara manifestação popular, reforço o pedido das comunidades para que suas vozes sejam ouvidas e consideradas. A autodeterminação da população é um pilar fundamental da democracia, e é essencial que as medidas necessárias sejam estudadas e viabilizadas para que essa vontade seja devidamente avaliada e atendida”, escreveu o deputado no documento.

As reuniões contaram com a presença de moradores e de vereadores dos dois municípios, entre eles Neco da Bandeirante (PSB) e Rafael Silva (PL) de Santo Antônio de Leverger, além de Paulinho da Fartura (MDB), de Campo Verde.

Fonte: ALMT – MT

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