NACIONAL
MEC lança painel e relatório do Escola das Adolescências

O Ministério da Educação (MEC) lançou, na terça-feira, 9 de setembro, um painel e um relatório do programa Escola das Adolescências. As divulgações aconteceram em paralelo à realização do Seminário Nacional dos Anos Finais do Ensino Fundamental: transições, trajetórias escolares e a garantia do direito à aprendizagem, em Brasília. O evento discutiu os principais desafios e as perspectivas para o fortalecimento da aprendizagem dos estudantes nessa etapa de ensino.
Painel – O painel reúne informações estratégicas para o monitoramento e acompanhamento da política educacional para os anos finais do ensino fundamental. O lançamento aconteceu durante o Encontro Formativo da Rede Nacional de Articuladores do Programa Escola das Adolescências (Renapea), realizado no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).
O objetivo da plataforma é oferecer subsídios a gestores, educadores e pesquisadores no monitoramento, na análise e na tomada de decisão, reforçando o compromisso do MEC com a melhoria da qualidade da educação nessa etapa de ensino. Com os dados e análises disponibilizados, será possível acompanhar avanços e desafios, apoiando a construção de políticas públicas mais eficazes para os estudantes dos anos finais do ensino fundamental.
A ferramenta está organizada em diferentes eixos temáticos e disponibilizará as seguintes informações:
- Panorama do ensino fundamental anos finais no Brasil – indicadores sobre matrículas, docentes, dependência administrativa e série histórica de escolas, além de taxas de insucesso, distorção idade-série e resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica);
- Escuta das Adolescências – sistematização de instrumentos e resultados da consulta nacional feita com estudantes, organizada em sete dimensões sobre a experiência escolar e expectativas para a escola do futuro;
- Adesão à política – informações sobre estados e municípios que aderiram à política nacional para os anos finais;
- Desenvolvimento profissional – dados sobre especializações e cursos de aperfeiçoamento ofertados pelo programa;
- Organização curricular e pedagógica – diagnósticos sobre a implementação da política e subsídios para o fortalecimento curricular e pedagógico das escolas.
Relatório – O Relatório Nacional da Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas foi lançado durante o seminário nacional do programa. O documento apresenta a sistematização das percepções de mais de 2,3 milhões de estudantes dos anos finais do ensino fundamental, de 21 mil escolas públicas de todo o país, que participaram de atividades de escuta entre maio e outubro de 2024.
A iniciativa, realizada em regime de colaboração com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com o apoio da Renapea, mobilizou gestores, professores, equipes técnicas e comunidades escolares em uma ação inédita de escuta qualificada.
Durante o processo, adolescentes do 6º ao 9º ano participaram de rodas de conversa, dinâmicas coletivas e responderam a questionários sobre aprendizagem, convivência, inovação, participação e emergências climáticas. No Rio Grande do Sul, a mobilização ocorreu em outubro de 2024, após as enchentes que afetaram o estado, incorporando perguntas específicas sobre o papel da escola em situações de crise. O MEC também disponibilizou relatórios personalizados para escolas, municípios e estados, incentivando processos de devolutiva com a participação ativa de docentes e gestores.
Os resultados revelam que a escola é percebida como espaço de vínculos e socialização, sobretudo pelas amizades que os estudantes constroem ao longo da vida escolar. Ao mesmo tempo, os adolescentes apontaram a necessidade de fortalecer práticas de acolhimento, diálogo e prevenção de violências, como o bullying e o racismo.
Os participantes também demonstraram interesses diversificados: além das disciplinas tradicionais, consideram essenciais conteúdos ligados ao esporte; à arte e à cultura; à tecnologia; à saúde mental; e à educação financeira. Outro destaque é a preferência por metodologias ativas, que envolvem atividades práticas, projetos, debates e experiências externas, em detrimento de aulas exclusivamente expositivas. Para muitos adolescentes, a escola deve estar aberta ao território e conectada ao mundo fora de seus muros, por meio de passeios, visitas e campeonatos entre escolas.
Cooperaram tecnicamente com a produção do relatório a Fundação Itaú Social, o Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais (Iede) e a Recos Porvir. Os dados completos da pesquisa estão abertos para pesquisadores e para toda a sociedade no Portal de Dados Abertos do Governo Federal.
Ações – Mais do que uma sistematização de dados, o relatório representa a voz de milhões de adolescentes que vivenciam a escola diariamente. Por isso, ao longo de 2025, o MEC utilizou os resultados da pesquisa para implementação do Escola das Adolescências, em frentes como reorganização de currículo, melhoria do clima escolar e redesenho de programas voltados à educação digital.
Os clubes de letramento, estratégias de inovação curricular e pedagógica que incluem diferentes áreas do conhecimento, surgiram como resposta às contribuições dos estudantes. A pasta criou também um grupo de trabalho específico, composto por pesquisadores e gestores das secretarias de educação, com o objetivo de construir um guia de apoio à melhoria do clima e da convivência na escola. Além disso, trabalhou para a implementação da Lei nº 13.935/2019, que institui equipes de psicólogo e assistente social nos sistemas de ensino.
Por fim, também a partir da escuta dos adolescentes, o ministério reformulou o desenho do programa Escolas Conectadas, que passou a priorizar ações para inclusão das tecnologias e da cultura digital no currículo e na prática pedagógica do ensino fundamental. O compromisso do MEC é continuar transformando essas vozes em ações concretas, a partir do compartilhamento dos dados da consulta pública com as secretarias de educação de todo país, para que elas também possam produzir planos de ação que enderecem os elementos críticos apontados pelos adolescentes.
Escola das Adolescências – O programa Escola das Adolescências, instituído pela Portaria nº 635/2024, é uma estratégia do governo federal de apoio técnico-pedagógico e financeiro para fortalecer os anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano). Conjugando esforços da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a iniciativa busca construir uma proposta para essa etapa de ensino que se conecte com as diversas formas de viver a adolescência no Brasil; promova um espaço acolhedor; e impulsione a qualidade social da educação, melhorando o acesso, o progresso e o desenvolvimento integral dos estudantes.
A política inclui produção e divulgação de guias temáticos sobre os anos finais do ensino fundamental, assim como incentiva, financeiramente, escolas priorizadas segundo critérios socioeconômicos e étnico-raciais. Além disso, encoraja maior conexão com as características dos anos finais, para apoiar a construção de trajetórias de sucesso escolar. Suas estratégias se dividem em três eixos: governança; organização curricular e pedagógica; e desenvolvimento profissional.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB)
Fonte: Ministério da Educação


NACIONAL
Mutirão da Transição Energética para a COP30 debate desafios e oportunidades do setor energético brasileiro

O Mutirão da Transição Energética Para COP30, realizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em parceria com Associação Brasileira de Energia Eólica Onshore e Offshore e Novas Tecnologias (ABEEólica), iniciou os debates com o tema “Expansão e resiliência de redes elétricas”. O painel discutiu os desafios e oportunidades para modernizar e digitalizar as redes elétricas, incorporando soluções tecnológicas como armazenamento de energia.
A primeira rodada do debate destacou a importância de fortalecer a resiliência dos sistemas elétricos diante das mudanças climáticas, com foco em modelagem, descentralização do acesso e capacidade de resposta rápida a eventos extremos. Além disso, os painelistas debateram sobre o planejamento de grandes cargas de consumo, como produção de hidrogênio verde e data centers, e a necessidade de coordenação regulatória e de investimentos para viabilizá-las.
O painel contou com a participação de representantes do MME, Operador Nacional do Sistema (ONS), Hitachi, Global Renewables Alliance (GRA), Fórum de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Setor Elétrico (FMASE) e State Grid.
Painel 2: Acesso à energia
Caminhos para ampliar o acesso à energia elétrica e ao cozimento limpo, com foco na mobilização de financiamento e instrumentos de mitigação de riscos que permitam ampliar soluções sustentáveis e inclusivas, foram os principais assuntos debatidos no segundo painel do dia.
Com representantes do MME, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial, Abiogás, Engie e Sindigás, o painel trouxe a identificação de tecnologias adequadas e o fortalecimento de marcos regulatórios adaptados às realidades regionais, bem como a integração do acesso à energia às estratégias nacionais de desenvolvimento de longo prazo.
Abordando a importância de marcos institucionais e políticas públicas coerentes, capazes de garantir governança, continuidade e escala às iniciativas de universalização, o programa Luz Para Todos foi um dos destaques. O diretor do Departamento de Universalização e Políticas Sociais de Energia Elétrica do MME, André Dias, trouxe um panorama da política pública: “O acesso à energia elétrica é um direito, e o programa Luz Para Todos tem um diferencial pois é uma política pública que já tem 22 anos e vem inovando com o passar do tempo, isso se dá também pela sua estrutura de governança que tem diferentes atores envolvidos. O programa possui a capacidade de dialogar com outras políticas como o Luz do Povo e o Gás do Povo”, explicou Dias.
Painel 3: Planejamento energético para uma transição justa e inclusiva
No último painel do turno da manhã, foram debatidas as estratégias para transformar o planejamento energético em instrumentos efetivos de mobilização de investimentos, fornecendo aos tomadores de decisão e financiadores informações claras, comparáveis e confiáveis.
A moderadora do painel e assessora especial do MME, Mariana Espécie, reforçou como o tema tem se mostrado fundamental nos dias atuais. ”O Brasil tem o planejamento energético como balizador que ajuda a enxergar caminhos e oportunidades na implementação de políticas públicas. Nem todos os países possuem uma estrutura como a nossa, e isso tem se mostrado cada vez mais essencial, pois necessitamos de dados e referências para elaborar esse planejamento na criação estratégica das ações futuras”, afirmou.
Participaram do painel representantes do MME, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Agência Internacional para Energias Renováveis (IRENA) e Neoenergia.
Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
Telefone: (61) 2032-5759 | Email: [email protected]
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