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POLÍTICA MT

CST da Energia Elétrica apresenta os avanços técnicos e regulatórios na integração da energia solar no estado

A Câmara Setorial Temática (CST) da Energia Elétrica realizou a primeira reunião ordinária nesta segunda-feira (24). No encontro, a palestra do professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Filipe Matos de Vasconcelos, sobre os avanços técnicos e regulatórios na integração da energia solar no estado.

De acordo com dados do Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo (PAR/PEL), que avalia o desempenho do Sistema Interligado Nacional (SIN), no horizonte de 5 anos, Mato Grosso passará por uma mudança energética significativa, impulsionada pela expansão da Micro Minigeração Distribuída (MMGD).

Atualmente, o estado possui cerca de 2,3 gigawatts (GW) de capacidade instalada em MMGD, com uma projeção de crescimento de aproximadamente 55% em relação ao ciclo anterior.

Para 2029, espera-se que essa capacidade ultrapasse os 4 GW, sendo a maior parte proveniente de geração solar fotovoltaica. Esse valor corresponderá a cerca de 145% da demanda máxima prevista para o estado, posicionando Mato Grosso como o estado com a maior penetração de MMGD em relação à demanda máxima projetada.

O deputado Faissal Calil (Cidadania) afirma que o investimento em energia solar é viável. “ O Doutor Filipe nos tranquilizou, deixou claro que Mato Grosso não corre risco de apagão por conta da expansão da energia solar. Pelo contrário, tem que ter mais investimentos por parte da concessionária Energisa nas subestações, fazendo ampliações necessárias que suportem a demanda”, disse Calil.

“A energia solar é a energia do futuro. Ainda mais com a possibilidade do off-grid, que é um sistema de energia solar que não está conectado à rede elétrica, funcionando de forma autônoma, em próprios equipamentos já vêm com uma bateria, que ele armazena em um tempo útil considerável. Nós precisamos de uma tensão boa para funcionar, seja na indústria, na energia da nossa casa, ou no agronegócio que vem crescendo muito”, enfatizou o parlamentar.

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De acordo com o palestrante Filipe Matos de Vasconcelos, o relatório indica que a rápida expansão da MMGD no Mato Grosso apresenta desafios significativos para a operação do sistema elétrico, mas não declara um risco iminente de apagão. No entanto, a combinação de fatores como o esgotamento de transformadores, problemas de controle de tensão e atrasos em obras de expansão exige atenção e medidas proativas para garantir a segurança e a confiabilidade do fornecimento de energia no estado. As soluções propostas, como a instalação de novos transformadores e a implementação de soluções estruturais, visam mitigar esses riscos e garantir que o sistema elétrico possa acomodar o crescimento da MMGD sem comprometer a qualidade do serviço.

“Essa possibilidade de apagão é muito baixa. A gente vai produzir energia solar muito mais em cinco anos do que a rede comporta e qual que é o problema de fazer isso? Quando a gente fala de energia elétrica, isso tende a não haver um casamento entre geração e consumo, é nesse momento que se perde a estabilidade do setor elétrico. E é aí que se manifesta esse medo, esse risco de apagão, esse risco de se perder essa estabilidade”.

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É uma iminência muito baixa. Com o crescimento de carga torna-se cada vez mais importante e necessário a ampliação de subestações. Então, essa ampliação ela pode ser características distintas. Uma com viés em que os consumidores estão consumindo mais energia e no outro viés para poder comportar essa energia solar e sua distribuição evitando que se desse fluxo reverso de potência”.

O engenheiro elétrico disse ainda que, “as entidades públicas e os órgãos públicos precisam ser atuantes na fiscalização, no cumprimento desses prazos. Essas ampliações e cumprimento de prazos das obras de ampliação de subestações, precisam ser executadas dentro do prazo e dentro de todos os requisitos técnicos para manter-se dentro de uma estabilidade operacional, além disso é fundamental que se esteja muito atento à regulamentação e modernização da regulamentação”, concluiu.

“A CST da Energia Elétrica tem um papel essencial no enfrentamento dos desafios do setor em nosso estado, pois é um tema que impacta diretamente a vida da população e o desenvolvimento de Mato Grosso”, finalizou o deputado Faissal Calil.

Também participaram da reunião o secretário da CST, Fábio Henrique Bittencourt de Oliveira, representantes do setor de energia elétrica, Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (Sindenergia), Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (AGER-MT) e Procon-MT.

Fonte: ALMT – MT

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Assembleia realiza consultas públicas sobre divisão territorial entre Campo Verde e Santo Antônio de Leverger

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), por meio do deputado estadual Wilson Santos (PSD), realizou consultas públicas com os moradores das comunidades envolvidas no processo de redefinição dos limites territoriais entre os municípios de Santo Antônio do Leverger e Campo Verde. As reuniões ocorreram no último sábado (22), nas associações das comunidades Serrana e Córrego do Ouro, em atendimento ao Projeto de Lei n.º 1.783/2024, de autoria da Comissão de Revisão Territorial dos Municípios e das Cidades da Casa de Leis. O revisão dos limites territoriais foi possível após um acordo entre a prefeita de Santo Antônio, Francieli Magalhães (PSB) o prefeito de Campo Verde, Alexandre Lopes (UB).

O deputado Wilson Santos, durante as reuniões, explicou aos presentes que a matéria será votada em plenário e, se aprovada, dependerá da sanção do governo estadual para se tornar lei. “Depois de muita luta e trabalho, conseguimos convencer as autoridades municipais a avançar com a divisão territorial. Não foi fácil. Perdemos duas vezes na Justiça para a gestão de Santo Antônio de Leverger. Agora, com a prefeita Francieli, só temos a agradecer, pois ela foi fundamental para que esse momento acontecesse. O processo foi longo e ainda terá desdobramentos”.

Pelo acordo firmado entre os gestores municipais, as comunidades Formiga, Serrana, Vale Abençoado, Águas Quentes e Bonfim permanecerão sob a jurisdição de Santo Antônio de Leverger. Já Mata Mata, Gleba Bigorna, parte de Santo Antônio da Fartura, Córrego do Ouro, Abolição e Bom Jardim passarão a integrar Campo Verde. “Estamos aqui para ouvir as lideranças locais e as duas prefeituras chegaram a um consenso. A Assembleia Legislativa busca sempre o diálogo e a transparência. No entanto, durante as consultas públicas, identificamos que a maioria dos moradores das comunidades Serrana e Formiga manifestou interesse em pertencer a Campo Verde”, destacou o deputado, reforçando que o projeto ainda não foi convertido em lei, mas que há possibilidade de uma reavaliação para atender a vontade popular.

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Para o presidente da Associação de Produtores da Agricultura Familiar do Córrego do Ouro, Nadir Moreira Santana, a redefinição territorial será importante para o desenvolvimento da região. “Há anos pedimos para essa área ser anexada a Campo Verde. Isso porque somos assistidos por esse município e estamos a 60 quilômetros (km) de distância de lá, enquanto Santo Antônio de Leverger fica a 140 km. Quando precisamos de socorro, recorremos ao vizinho mais próximo – e, no caso da saúde, é Campo Verde que nos atende. Essa decisão é muito importante, pois respeita a opinião da comunidade. Temos dificuldades de acesso a Santo Antônio de Leverger e o município também enfrenta dificuldades para nos atender”, argumentou o produtor rural.

A aposentada Leopoldina Pereira, moradora do Córrego do Ouro há 40 anos, disse estar torcendo para que a mudança se concretize, pois acredita que os serviços públicos serão mais acessíveis e eficientes sob a jurisdição de Campo Verde. Já o representante da comunidade Formiga, Silvaney Antônio Rezende, afirmou que a população local deseja também ser incluída neste município. “Somos áreas isoladas de Cuiabá e ficamos a mais de 100 km de Santo Antônio de Leverger. Não recebemos nenhum benefício. Essa é a nossa chance de resolver essa situação. 100% da comunidade Formiga quer pertencer a Campo Verde”, enfatizou.

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Diante das reivindicações, Wilson Santos encaminhou um ofício à prefeita Francieli Magalhães, nesta segunda-feira (24), formalizando o pedido da maioria dos moradores das comunidades Formiga e Serrana para integrar Campo Verde. “Diante dessa clara manifestação popular, reforço o pedido das comunidades para que suas vozes sejam ouvidas e consideradas. A autodeterminação da população é um pilar fundamental da democracia, e é essencial que as medidas necessárias sejam estudadas e viabilizadas para que essa vontade seja devidamente avaliada e atendida”, escreveu o deputado no documento.

As reuniões contaram com a presença de moradores e de vereadores dos dois municípios, entre eles Neco da Bandeirante (PSB) e Rafael Silva (PL) de Santo Antônio de Leverger, além de Paulinho da Fartura (MDB), de Campo Verde.

Fonte: ALMT – MT

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