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Projeto de IA para apoiar na EJA vence Hackathon 2025

Inovação e inteligência artificial na educação foi o tema do Hackathon 2025, realizado pelo Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev). A maratona final ocorreu na unidade da estatal em Florianópolis (SC), no dia 11 de agosto, somando 33 horas de esforço concentrado em soluções de inovação. As propostas vencedoras sugerem reunir e estruturar dados da educação para auxiliar no planejamento e ações na área. O projeto mais bem avaliado foi pensado especialmente para a educação de jovens e adultos (EJA).   

O Hackathon é realizado anualmente na Dataprev desde 2016, com o objetivo de estimular a inovação de forma dinâmica a partir de problemas reais. Desta iniciativa, já saíram algumas ideias que se tornaram produtos da empresa, como o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, a prova de vida remota, além de projetos de modelagem preditiva – uso de dados e algoritmos estatísticos – para órgãos federais.  O MEC é o parceiro desta 10ª edição e poderá avaliar posteriormente a viabilidade das sugestões apresentadas.  

O projeto vencedor, batizado de SEJA+, foi idealizado por um trio de mulheres que formaram a equipe arotas de Algoritmo de IA (Gaia). Trata-se de um modelo de gestão de dados que integraria informações atualmente descentralizadas em diferentes bases em uma única plataforma com IA embarcada para análise, capaz de identificar onde estão os alunos aptos à EJA, incluindo visão geral de indicadores para gestores, apoio tecnológico na busca ativa desse perfil de estudante – incluindo informações para entidades da sociedade civil que chegam a comunidades desconectadas – e mecanismos para facilitar matrículas em capacitações com uma carteira de estudante digital.  

Ao apresentar a proposta, as profissionais do quadro funcional da Dataprev que formam a equipe – Ana Paula Araújo e Nastassja Voronkoff, ambas lotadas em Brasília, e Marcela Luci Formighieri, de Florianópolis (SC) –, destacaram o impacto que o uso inteligente da infraestrutura de dados da educação pode ter no combate ao analfabetismo, tomando como exemplo o projeto apresentado na competição.   

A mentora da equipe foi Iara Barroca, gerente de projetos da Secretaria de Gestão da Informação, Inovação e Avaliação de Políticas Educacionais (Segape) do MEC. Ela destacou que a IA pode criar soluções inteligentes para tudo, mas é importante o papel de um profissional por trás. “A IA não sabe olhar para as pessoas e sentir o que elas estão sentindo, ela não vai saber transformar uma equipe que talvez pense diferente”, afirmou, concluindo que o olhar humano complementa o potencial da tecnologia com “o princípio da honestidade e da entrega”.  

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“O SEJA+ visa identificar potenciais destinatários para a EJA, engajá-los, matriculá-los e integrar esses dados descentralizados de todo o território nacional, como características socioeconômicas, faixa etária, nível de escolaridade e, [a partir disso], monitorar a trajetória de qualificação. Não basta que eu saiba onde o estudante está, mas eu também posso direcioná-lo para que ele saiba que pode ser mais”, destacou Formighieri em sua exposição.   

Jornada de inovação – Os maratonistas que chegaram à final foram os cinco mais bem avaliados entre as 42 equipes que participaram do desafio on-line, que ocorreu no início de julho, com foco em soluções de auxílio aos estudantes candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).    

Nessa final, todos os grupos trabalharam com a ajuda de um especialista como mentor, e cada um deles encarou um desafio diferente, para o qual se candidataram a partir de uma lista de temáticas propostas pela organização, coordenada pelo Departamento de Inovação e IA Aplicada (Dein) da Dataprev, em colaboração com o MEC.   

A avaliação se dá a partir de uma comissão multidisciplinar formada por representantes da estatal, do ministério e de instituições de ensino, obedecendo uma grade de pontuação de 0 a 10 para os seguintes critérios: criatividade, inovação, experiência do usuário; qualidade do protótipo e da documentação, e viabilidade de negócio.  

O Hackathon premia os três projetos mais bem avaliados. As vencedoras, do Gaia, escolheram o tema EJA. Na segunda posição ficou projeto para prevenção proativa da evasão escolar e, em terceiro, plataforma para acesso em tempo real a indicadores educacionais para a tomada de decisão.   

Além de colaborar com ideias que podem virar produto, a equipe que venceu em primeiro lugar, e sua mentora, do MEC, foram premiadas com a participação em evento internacional de tecnologia, o Web Summit, em Lisboa, Portugal, previsto para 10 a 13 de novembro.   

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Estratégia – A programação da maratona final começou dia 8 de agosto. Durante a solenidade de abertura, o secretário da Gestão da Informação, Inovação e Avaliação de Políticas Educacionais (Segape) do MEC, Evânio Antônio de Araújo Júnior, destacou que a gestão atual tem um norte: o “olhar estratégico de que os dados precisam ter uma centralidade, seja no ato de pensar o fazer das políticas públicas, mas também para repensar processos e entender melhor os problemas públicos. A Dataprev tem nos abraçado nessa missão de colocar a educação em um novo patamar”, afirmou o secretário.   

Ainda durante a abertura, a coordenadora-Geral de Relacionamento para Serviços Estruturais de Governo na Dataprev, Beatriz Merguiso Garrido, destacou que o objetivo maior é “trabalhar para todos os brasileiros e brasileiras, de forma cooperada e participativa”. “Não estamos aqui pensando só em tecnologia, queremos fazer a diferença na vida das pessoas”, complementa.  

No encerramento do evento, na manhã do dia 11 de agosto, a superintendente de Produtos de Dados e Analytics, Juliana Ferris, destacou que trabalhar com o MEC é um sonho para a equipe e que apoia a continuidade da colaboração. “Nós cuidamos da previdência, do trabalho, da assistência e, finalmente, temos a oportunidade de cuidar da educação, que é o alicerce para tudo. Temos tecnologia e queremos nos dedicar para facilitar a vida da sociedade. Reconhecemos e queremos a missão de mudar a educação do país com os nossos sistemas”, concluiu.   

Além Iara Barroca, do MEC, o Hackathon contou com a mentoria do coordenador-geral de Apoio à Gestão Escolar do ministério, Pedro Henrique de Almeida Barreto, além dos professores doutores em inovação do Instituto Federal do Paraná Anderson Sanita e Antônio Eduardo Kloc; e a gerente de projetos no Laboratório de Inovação em Inteligência Artificial – LIIA da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), Vanessa Cristini da Silva Matos. 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Segape e da Dataprev 

Fonte: Ministério da Educação

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MPor e Universidade de Aviação Civil da China estudam parcerias para produção de combustíveis sustentáveis

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) recebeu nesta segunda-feira (13) a visita de representantes da Universidade de Aviação Civil da China (Cafuc), instituição reconhecida pela expertise técnica e científica em aviação, ações de sustentabilidade, inovação e pesquisa aplicada. O encontro, realizado na sede da pasta, é a primeira atividade prevista no memorando de entendimento assinado em abril deste ano para promover a troca de conhecimento, tecnologias e experiências.

O secretário executivo do ministério, Tomé Franca, avalia como positiva a parceria com a universidade chinesa. “Precisamos investir em tecnologia e inovação para estimular a produção do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e a Cafuc demonstra ser uma ótima parceira para desenvolvermos estudos com potencial para impactar a aviação nos dois países. Compartilhamos a mesma visão de que o desafio da descarbonização do setor é um desafio global”, afirmou.

A visita da comitiva chinesa integra a programação do MPor ligada à agenda de descarbonização e preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30). Para o professor Weiping Li, cientista chefe da Cafuc, os dois países mantêm uma boa relação que ajudará na troca de projetos em sustentabilidade. “Temos pesquisas, práticas e experiências já implantadas na China que poderão ser aplicadas no Brasil. As iniciativas brasileiras na produção de etanol, por exemplo, nos ajudariam no desenvolvimento de combustíveis sustentáveis”, explicou.

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O memorando assinado entre os dois países prevê o intercâmbio de informações técnico-científicas sobre temas associados à SAF, a realização de eventos de disseminação do conhecimento e o treinamento de profissionais em temas associados à sustentabilidade na aviação civil.

A comitiva chinesa ainda cumprirá agenda no Brasil com visitas ao Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Embrapa e Universidade de São Paulo.

Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos

Fonte: Portos e Aeroportos

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