TRIBUNAL DE JUSTIÇA MT
Planejamento em longo prazo: a participação das gestões no Judiciário do futuro


Ele ainda ressaltou que as ações contaram com o apoio essencial da Presidência e Vice-Presidência. “As frentes de investimentos, como as digitalizações dos processos dependem de ações conjuntas entre Presidência, Vice e Corregedoria. Agradeço o enorme apoio que tivemos da presidente Maria Helena e da vice, Maria Aparecida, para alcançarmos nosso intento. Por meio delas, agradeço a todas e todos os presidentes e vices, que nos antecederam, pois compreenderam a necessidade de investirmos nestas áreas tão sensíveis”, concluiu o corregedor.

A integração do Sistema CIA (aglutinando Gedoc e Atenas); a implantação do Primus nas secretarias judiciárias (que integrou o Geacor, e Geacor Web); o lançamento da folha de pagamento única; a implantação do Zimbra no TJMT, sistema mais moderno de gerenciamento de e-mails; e ainda o SDK (hoje SDM), que permite aos usuários suporte mais rápido e de forma virtual, eram os principais desafios do Judiciário na gestão 2011/2012, até a data de 5 de dezembro de 2011. Quando houve a implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe).
“Pra mim foi simples. Tínhamos que atender determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que queria a modernização e celeridade na prestação jurisdicional via sistema nacional. E nossa gestão tinha como meta proporcionar as mesmas, celeridade e modernização. Algo que precisamos superar na época era o enorme distanciamento de recursos e a aplicação entre as Justiças do Trabalho e Federal. Os Tribunais Estaduais desenvolveram suas próprias soluções de TI, enquanto os Tribunais Federais aderiram de imediato à solução do CNJ, então eles estavam muito a nossa frente. Este foi um enorme desafio que vencemos também”, enfatizou o desembargador Rubens.
O projeto piloto do PJe foi implantado no recém criado Juizado Especial da Fazenda Pública. Além da economia, o PJe trouxe diversas vantagens, como a redução do tempo em tramitação do processo, melhoria dos serviços prestados, melhor controle, maior segurança, possibilidade de trabalho à distância e sistema em operação 24 horas por dia, sete dias por semana.
“Conseguimos enxergar a necessidade e redirecionamos nossa força de trabalho e investimentos. Qualquer mudança tende a desenvolver resistências no primeiro momento, mas bancamos isto. De imediato possibilitamos o aperfeiçoamento dos fluxos já existentes e a construção de novas iniciativas voltadas à melhoria e ao aperfeiçoamento do sistema PJe”, considerou o magistrado.

O PJe foi implantado em 121 órgãos julgadores de Primeiro e Segundo Graus (18 de janeiro de 2016. O TJMT foi pioneiro, juntamente com o Tribunal de Justiça do Paraná), entre Varas Judiciais, Centrais de Mandados, Centrais de Conciliação, Juizados Especiais, Câmaras e Turma Recursal. Isso tudo apenas quatro anos após o início da implantação em Mato Grosso. Além do Tribunal de Justiça, Turma Recursal, 80 Varas Cíveis e 24 Juizados Especiais, movimentaram mais de 185 mil processos em todo o estado (dados de dez/2016).
Em quatro anos 76 mil processos físicos que consumiram 7.600 folhas de papel deixaram de tramitar de forma física. Em apenas cinco anos 7.530 árvores foram poupadas, quase 1milhão e 300 mil cartas foram transformadas em informação digital. Além de se poupar papel, os gastos financeiros também foram registrados, R$ 323.750 economizados.
A expansão do PJe na gestão 2015/2016 teve como motivo o compartilhamento. “O compartilhamento de responsabilidades. Tivemos o envolvimento de todas as áreas, não apenas a Tecnologia da Informação, mas com a dedicação dos servidores, juízes e desembargadores, que se esforçaram para entregar o melhor serviço possível à sociedade. As parcerias também foram essenciais. Como com a OAB-MT. Foram capacitados, ao longo de dois anos, aproximadamente 15 mil advogados em 30 municípios do Estado. Mais do que dar continuidade, pensamos em manter os avanços e sabíamos das necessidades de deixarmos uma equipe formada e capacitada para tanto. Preparamos 50 servidores para isso e tenho certeza que contribuímos para a continuidade dos avanços”, revelou o desembargador Paulo da Cunha, que continuou defendendo os avanços para a sociedade. ”Primeiramente, ganha o cidadão, que passa a dispor de uma Justiça mais célere e é nosso principal cliente. De outro lado, instituições, como Ministério Público, Defensoria Pública, Procuradorias do Estado e Municípios e órgãos de controle, também têm seus trabalhos facilitados a partir do momento da adoção de uma única ferramenta de tramitação da Justiça Brasileira. Ágil e de fácil manuseio”, disse o desembargador.
A Segunda Instância do PJMT recebeu o PJe em 18 de janeiro de 2016. Até abril de 2016 a Turma Recursal Única havia recebido 8.650 processos dos Juizados Especiais.

Ao longo do biênio, o PJe foi expandido para 207 órgãos julgadores, alcançando o equivalente a 60% do total, e atingindo a marca de 600 mil processos registrados. Com a responsabilidade pelo suporte e segurança dos procedimentos, a TI ampliou a equipe de desenvolvimento do sistema e celebrou contratos de apoio para manutenção e tunning de bancos de dados (aplicação de mudanças visando a otimização do desempenho na recuperação ou atualização de dados).
Ainda houve a implantação da versão 2.0, trazendo para o usuário a facilidade de distribuição e gestão do processo sem a necessidade do Java para assinatura, tornando a tarefa mais leve e prática. A gestão também atuou no aprimoramento e criação de funcionalidades para melhora das atividades judiciárias como, por exemplo, a integração da jurisprudência do PJe ao acervo de pesquisa de todo o PJMT. A inovação trouxe facilidades como a busca pela classe processual ou nome das partes. Digitalização de processos físicos oriundos do Primeiro Grau e distribuição no PJe; Realização de oficinas (secretarias e gabinetes) de alinhamento de rotinas no PJe; Publicação do Manual de Rotinas de Secretaria do Segundo Grau(PJe); Mapeamento e moldagem de fluxos e rotinas para o PJe.
Dados foram apresentados pela gestão em relação ao uso do PJe. Impactos socioambientais, por estimativa:
• Cerca de 20.000 árvores deixaram de ser derrubadas
• 1milhão de litros de combustível deixaram de ser consumidos com deslocamentos até a unidade jurisdicional
• 950.000Kg/CO² deixaram de ser emitidos na atmosfera
• Cerca de 3 milhões e 500 mil cartas deixaram de ser encaminhadas pelos correios.
“Um dos grandes desafios em nossa época foi o de assegurar a banda necessária para o funcionamento do sistema em todo Estado. Travamos uma batalha com as operadoras de internet. Tínhamos o sistema, as pessoas aptas a operá-lo, mas ele necessitava da internet e esta condição técnica era infinitamente pior da que temos hoje. Penso que avançamos muito naquela época e agora na era do pós-covid e vamos avançar ainda mais, pois ficou claro que necessitamos desenvolver esta acessibilidade. Cito um exemplo pra deixar mais claro o emprego da tecnologia em nossa área: antes do PJe tínhamos que ter um aparato de segurança enorme, o que produzia grandes gastos para transportamos presos até os Fóruns para que fossem ouvidos pelos magistrados. Hoje a videoconferência resolve isso. Sem custos praticamente e com total segurança para a sociedade. Os esforços valeram muito e tenho certeza que eles continuarão. Onde isso vai parar? Não sei, mas sei que qualquer iniciativa que traga dignidade aos usuários da Justiça, contará com nosso apoio”, ressaltou o desembargador Rui.
Carlos Alberto Alves da Rocha (gestão 2019/2020). Conclusão da implantação.
O dia 17 de agosto de 2020 se tornou um marco na história do Poder Judiciário de Mato Grosso, como a data em que a instituição se tornou 100% digital, com o PJe implantado nas 341 unidades judiciárias. Neste biênio foram concluídos os 21% restantes da área civil e 100% na área criminal. Até outubro 140 mil processos foram digitalizados e 151.526 usuários do sistema cadastrados.
Em 2010 o TJMT registrou taxa de congestionamento de 82,35%. O ideal é que o índice fique abaixo ou até em 50%. A taxa de congestionamento líquida é calculada retirando do acervo os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório.

“Sabidamente a tramitação processual eletrônica é uma forma de democratizar o acesso à Justiça, o acesso às informações processuais e de tornar a prestação jurisdicional mais célere e econômica, além de derrubar as fronteiras e de contribuir para um ambiente mais sustentável. Diante de tantos benefícios o caminho mais assertivo era tornar o PJe realidade em 100% das unidades judiciárias e foi o que fizemos. É um marco sem dúvida para o Judiciário e para a sociedade. Além desse, outros investimentos tecnológicos foram feitos nessa área o que nos permitiu obter a menor taxa de congestionamento da história da Instituição. É o que a sociedade busca, a solução dos processos, sua finalização”, concluiu o desembargador Carlos Alberto, concluiu o desembargador Carlos Alberto.
#Paratodosverem Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual.
Descrição de imagem: Foto 1 colorida – O desembargador Rubens empunha microfone e fala para uma plateia. Ele discursa durante visita de conselheiros do CNJ. Ao fundo a arte do PJe, em azul e laranja. O presidente entre 2011 e 2012 está em pé e ladeado por conselheiros e pelo presidente eleito para o biênio seguinte, desembargador Orlando de Almeida Perri. Todos usam terno.
Foto 2 colorida – O desembargador Paulo da Cunha durante condução do Tribunal Pleno em sua gestão. Ele está sentado, com a mão esquerda levada ao queixo. Ele usa vestes talares.
Capa preta e corda trançada na corda vermelha. A corda é chamada de torçal. Ao fundo um brasão da República Federativa do Brasil em Dourado. Há um copo cheio de água em sua mesa.
Foto 3 colorida – Fachada da Escola dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso. Com fachada lateral futurista e estrutura com desenho arrojado em material de ferro e vidro, a Escola teve papel fundamental no treinamento de milhares de usuários do PJe.
Foto 4 colorida – O desembargador Rui está em pé. Ela usa gravata preta com detalhes em branco e toga preta, com corda torçal na cor vermelha.
Foto 5 colorida – Desembargador Carlos Alberto sentado à mesa e em frente a um notebook. Ele sorri e usa camisa e grava em tons azuis. No primeiro plano, livros, um copo de água e um recipiente com álcool em gel. No segundo plano, outro notebook e ao fundo uma estante com muitos livros.
Ranniery Queiroz
Assessoria de Imprensa CGJ
Fonte: Tribunal de Justiça de MT
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA MT
Escolas dos magistrados e advogados se unem para aperfeiçoamento em Direito Tributário


Realizado pela Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT), o evento conta com a parceria da Escola Superior da Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil (ESA/OAB-MT) e da Escola de Advocacia Pública “Carlos Antônio de Almeida Melo” da Associação de Procuradores do Estado (Apromat).
“Quando a gente faz a união de esforços das escolas dos magistrados, da advocacia, dos procuradores de Estado, com o mesmo objetivo de capacitar seus membros que integram o Sistema de Justiça para que todos falemos a mesma língua lá na frente poderemos fazer com que o processo seja julgado de forma mais rápida, célere, eficiente. De forma que quem sai ganhando com essa capacitação é a população”, afirmou a vice-diretora da Esmagis, desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos”.
Para a desembargadora, a capacitação constante dos operadores do Sistema de Justiça é fundamental. “Nossa sociedade é dinâmica, leis se muda toda hora, porque toda hora nossa sociedade muda e o sistema de justiça tem que acompanhar”, define. “Fiz questão da Esmagis firmar parceria com a escola da Advocacia e da Procuradoria para capacitar os profissionais e falarmos a mesma língua, que é a de fazer a melhor justiça para o povo. Por isso estamos aqui para conversar, dialogar e talvez chegar a consensos.”
De acordo com o coordenador do evento, juiz Agamenon Alcântara Moreno Júnior, o curso é voltada a magistrados(as), integrantes do Poder Judiciário de Mato Grosso, procuradores(as) do Estado e advogados(as), almeja proporcionar aos participantes uma visão prática das teorias contemporâneas da interpretação, ao abordar definições e modelos críticos para que o interessado possa se posicionar em relação a decisões e a teorias, como forma de incentivar um debate científico amplo e plural a respeito de temas tributários relevantes.
“De 80% a 90% da demanda na 3ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá é em relação à matéria tributária, que envolve grandes processos, empresas sobre Fundo Estadual de Transporte e Habitação – Fethab, diferença de alíquota de ICMS, enfim temos demandas a todo momento do Estado e município sobre isso, por isso toda e qualquer capacitação que traga mais elementos para entender, analisar para que o julgador possa melhor decidir é um ganho”.
O diretor da ESA, Giovane Santin, declarou que o sistema de cooperação realizado pela Esmagis, ESA e escola da Apromat é de fundamental importância para levar o aperfeiçoamento para todos aqueles que participam do Sistema de Justiça. “Para a ESA é uma grande honra ter a oportunidade de participar ativamente do aperfeiçoamento e da aprendizagem voltada para todos aqueles que procuram o conhecimento dentro do Sistema de Justiça”, declarou. “Durante os seis primeiros meses de gestão, a ESA realizou 77 eventos com a participação de mais de 6 mil advogados e demais atores do Sistema de Justiça. Este é segundo evento em parceria com a Escola da Magistratura, o foi o Pacote Anticrime, que foi um evento de grande repercussão”, citou.
O procurador-geral do Estado, Francisco Lopes, também enalteceu a parceria das escolas. “Hoje nós precisamos buscar soluções de conflitos e nem sempre essas soluções conseguimos dentro de um processo. A importância desses encontros é exatamente isso. Para que a gente encontre a melhor alternativa para levar a solução do conflito à sociedade”, resumiu.
Ainda participaram do dispositivo de autoridades, o juiz-auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça, Eduardo Calmon, diretora da Escola de Advocacia Pública “Carlos Antônio de Almeida Melo” da Associação de Procuradores do Estado (Apromat), Juliana Lannes Andrade e o expositor do dia, professor-doutor Tácio Lacerda Gama.
Painel – Interpretação no Direito Tributário
O primeiro painel do curso foi exposto pelo professor-doutor de Direito Tributário da Faculdade de Direito, Tácio Lacerda Gama. “Temos um público super seleto. A ideia é falar daquilo que a gente já faz no dia a dia, mas trazer alguns instrumentos de trabalho, que tem a ver com este momento que a gente vive, de transformação da sociedade, que até algum tempo era voltada para o impresso e hoje tudo acontece no meio digital. Isso muda a maneira de ter acesso a produtos, inclusive aos serviços da Justiça. Vamos debater algumas teorias que estão sendo desenvolvidas e submeter ao debate de todos, proporcionado uma reflexão sobre o sistema e nossa atividade”, resume.
Tácio Lacerda Gama leciona nos cursos de graduação, mestrado e doutorado. É líder do Grupo de Pesquisa Controle de Validade de Tributação. Presidente do Instituto de Aplicação do Tributo – IAT. É representante da ABDF no Instituto Latino Americano de Direito Tributário – ILADT; Diretor da ABRADT e do Instituto Brasileiro de Estudos Jurídicos da Infraestrutura – IBEJI; Conselheiro da ABDF e do Instituto Geraldo Ataliba – IGA/IDEP; Membro fundador do ITB, Membro permanente da FESDT. Foi sócio-fundador da Editora Noeses e da Rede Para Saber. Membro da Comissão de Infraestrutura do Conselho Federal da OAB e de Direito Tributário da OAB/SP
Na quinta-feira estão programados os painéis: 2 – Fundamentação no Direito Tributário; 3 – Argumentação no Direito Tributário; e 4 – Crime contra a Ordem.
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição de imagens: Foto horizontal e colorida. A desembargadora Helena Maria está no placo, atrás do púlpito, segurando o microfone e falando com os participantes do evento, que aparecem de costas, sentados nas cadeiras do auditório. No centro do palco está o dispositivo de autoridades.
Alcione dos Anjos
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
Fonte: Tribunal de Justiça de MT
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