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Operação investiga fraude na produção e comercialização de laticínios em Minas Gerais

Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (20) a Operação “Alcanos”, com o objetivo de investigar a prática de fraudes de adulteração de manteiga por adição de gordura vegetal em substituição ao creme de leite. A ação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) ocorreu em Porto Alegre, em Minas Gerais. 

As investigações tiveram início a partir de denúncias recorrentes no Sistema de Ouvidorias do Governo Federal. Proprietários e funcionários do estabelecimento impediram as diversas tentativas de fiscalização do Mapa no local.

Diante da impossibilidade de realizar fiscalizações, auditores fiscais federais agropecuários  do 5º Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA) coletaram amostras de manteiga nos estabelecimentos varejistas para a realização de análises no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária no Pará (LFDA-PA). Para as análises foi utilizado o método de cromatografia líquida em fase reversa e detecção no ultravioleta. 

Os resultados das análises  indicaram a substituição de gordura láctea por gordura vegetal, utilização de ácido sórbico/sorbato e presença de coliformes totais e fecais. 

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“A matéria gorda para a produção de manteiga deve ser composta exclusivamente de gordura láctea, normalmente creme de leite. A substituição da gordura de origem láctea por gordura vegetal configura adulteração passível de punição administrativa e criminal”, explica o coordenador do 5º SIPOA, Pedro Henrique Bueno.

Com a detecção de fraude na produção da manteiga, o estabelecimento recebeu autos de infrações, que resultaram na apreensão cautelar de todos os produtos encontrados no local. O estabelecimento produtor foi cautelarmente interditado. 

De acordo com a Polícia Federal, os ganhos da empresa investigada com a falsificação foram estimados em aproximadamente R$ 12.390.338,48 calculados sobre as vendas dos anos de 2021 e 2022 até 1º de julho. Apenas no primeiro semestre de 2022, a empresa adquiriu R$ 2.394.800,00 em produtos destinados à adulteração de manteiga.

Durante a Operação, também foram cumpridos dois mandados de prisão temporária por ameaças à servidor do Mapa. Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios; invólucro ou recipiente com falsa indicação e falsificação de selo ou sinal público, além de ameaça no curso do processo. Se condenados, poderão cumprir até 24 anos de reclusão, além de pagamento de multa.

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Fonte: AgroPlus

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Chuva favorece safra 25/26, mas tempo severo já preocupa produtores

A semana começa com o avanço das frentes de chuva sobre diversas regiões produtoras do Brasil, trazendo um cenário que exige atenção do produtor rural, especialmente para quem está iniciando o plantio da safra 2025/26.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu uma série de alertas de tempestades intensas para o Centro-Sul, abrangendo estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e, mais recentemente, áreas do interior de São Paulo e da Grande São Paulo.

Essas tempestades, classificadas em alerta laranja (perigo), trazem risco elevado de ventos fortes, queda de granizo e altos acumulados de chuva, podendo alcançar até 100 mm por dia, além de rajadas que variam entre 60 e 100 km/h. O Inmet alerta para possíveis cortes de energia elétrica, queda de árvores, pontos de alagamento e potencial para danos em plantações.

Para o plantio, a chuva é bem-vinda e pode ajudar na recuperação da umidade do solo após semanas de estiagem em partes do Centro-Oeste e Sudeste, como Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Modelos de previsão apontam que as precipitações contribuirão para equilibrar as condições da terra em boa parte dessas áreas, favorecendo o avanço do plantio de soja e milho.

No entanto, a intensidade das tempestades também requer cautela: pancadas muito fortes podem provocar encharcamento e prejudicar sementes recém-lançadas, além de expor lavouras ao risco de granizo e ventanias, que podem danificar as mudas e acarretar replantio ou gastos extras com correções.

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No Sul, estados como Santa Catarina e Paraná apresentam situações distintas. Enquanto o sul paranaense mantém umidade adequada e deve se beneficiar das chuvas, o norte atravessa um dos períodos de seca mais intensos dos últimos anos, o que atrasou o início do plantio em algumas regiões. O Rio Grande do Sul, por outro lado, figura entre as áreas com maior expectativa de acumulados de chuva, o que pode acelerar a recuperação do solo e impulsionar o avanço dos trabalhos no campo.

Pelo Centro-Oeste, o clima tipicamente seco começa a dar lugar a pancadas mais regulares, mas as projeções seguem indicando chuvas abaixo da média histórica para Mato Grosso e Goiás até meados de outubro, segundo especialistas. A perspectiva para Mato Grosso do Sul é de recuperação mais firme, se confirmada a previsão de tempestades nos próximos dias. No Norte, destacam-se temperaturas elevadas – até 2°C acima da média – e um cenário de seca especialmente em Rondônia, Tocantins e Pará, com exceção de Amapá e Roraima, onde as chuvas persistem acima da média.

O Sudeste será impactado tanto pelo aumento das precipitações quanto por ondas de calor, conforme os alertas do Inmet. Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro devem registrar chuvas significativas, especialmente no início da semana, com destaque para as regiões produtoras do interior paulista e do sul mineiro, áreas tradicionalmente importantes neste período do ciclo agrícola.

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Segundo meteorologistas, outubro é historicamente um mês marcado pelo início das chuvas mais regulares em boa parte do Brasil, mas a irregularidade dos volumes e o excesso pontual de tempestades podem influenciar diretamente o sucesso do plantio da safra 25/26. O fenômeno La Niña, que começa a se formar no Pacífico durante a primavera, também está sendo monitorado, pois pode impactar o padrão das precipitações nas próximas semanas.

Para o produtor rural, a orientação é acompanhar diariamente as previsões do tempo e ajustar as operações de campo conforme a evolução dos mapas de chuvas e dos alertas emitidos pelos órgãos oficiais. A expectativa é positiva para o avanço do plantio onde já chove, mas é preciso zelo nas áreas sob risco de tempestades severas e granizo, bem como cautela nos polos ainda marcados pela seca. O começo da safra será decisivo, e o clima continuará sendo o principal fator para orientar todas as etapas do trabalho no campo.

Fonte: Pensar Agro

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