TRIBUNAL DE JUSTIÇA MT

Prova do Exame Nacional da magistratura ocorre neste domingo

O Exame Nacional da Magistratura (Enam) será realizado neste domingo (26), em todas as capitais brasileiras, e as pessoas inscritas já podem consultar o local de prova. Confira aqui

O certame será aplicado das 13h às 18h, no horário de Brasília. Recomenda-se comparecer ao local com antecedência mínima de uma hora e meia, pois os portões serão fechados às 12h30. Após esse horário, candidatos não poderão entrar no local de prova em nenhuma hipótese.

Itens obrigatórios e recomendações para o dia da prova:

– Caneta esferográfica azul ou preta, de material transparente. Outros tipos de caneta não serão aceitos;

– Documento de identidade original com foto. Não serão aceitas cópias, mesmo autenticadas;

– Comprovante de inscrição ou de pagamento da taxa, item opcional, mas recomendado;

– Alimentos e bebidas em embalagens transparentes e sem rótulos, também opcionais.

– A partir do fechamento dos portões, será vedado o uso de celular, bem como circular ou permanecer nos ambientes comuns do local de prova.

Leia Também:  Assistente Social: Paranatinga abre inscrições para credenciamento

Cada participante deverá se identificar na sala e passar pelos procedimentos de segurança antes do início do exame.

Durante a realização do Enam, não será permitido portar itens como: celulares, relógios, acessórios de chapelaria, óculos escuros, carteiras, lápis, lapiseiras, marca-textos, borrachas ou qualquer material de consulta. O candidato deverá permanecer apenas com canetas, documento de identidade e bebidas ou alimentos permitidos.

A permanência mínima na sala é de três horas após o início da prova e os participantes só poderão levar o caderno de questões nos últimos 30 minutos da aplicação. A correção será feita por processamento eletrônico, por isso é importante conferir os dados pessoais e não danificar o cartão de respostas.

Sobre o exame

O exame possui caráter eliminatório, e não classificatório. Serão considerados aprovados os candidatos que obtiverem mínimo de 70% de acertos, no caso de ampla concorrência, e 50% para os inscritos pelas ações afirmativas.

A prova é composta por 80 questões de múltipla escolha, com conteúdo sobre Direito Constitucional, Direito Administrativo, Noções Gerais de Direito e Formação Humanística, Direitos Humanos, Direito Processual Civil, Direito Civil, Direito Empresarial e Direito Penal.

Leia Também:  Inscrições para a 7ª Corrida do Judiciário começam neste sábado

O Enam é promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e habilita bacharéis em Direito a participarem de concursos públicos promovidos pelos tribunais regionais federais, do trabalho, militares, dos estados, do Distrito Federal e dos territórios, para ingresso na carreira da magistratura. Acesse mais informações no edital.

Autor: Assessoria

Fotografo:

Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

TRIBUNAL DE JUSTIÇA MT

“IA potencializa Justiça mais humana e empática”, aponta magistrado no Inova ADV Experience 2025

O juiz Vinícius Paiva Galhardo apresentou nesta sexta-feira (24), durante o III Congresso Estadual de Inovação e Empreendedorismo Jurídico – Inova ADV Experience 2025, um panorama das ações que vêm modernizando o Poder Judiciário de Mato Grosso. O evento, realizado no Complexo dos Juizados Especiais, em Cuiabá, foi promovido pelo Instituto Mato-Grossense de Advocacia Network (Iman) e conta com parceria institucional do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Em sua palestra, o magistrado – que é cooperado do Núcleo de Justiça Digital de Execução Fiscal Estadual do TJMT e membro do Laboratório de Inovação do Tribunal de Justiça do Estado (InovaJus-MT) – propôs uma discussão sobre o tema “Justiça na Era Digital: Caminhos para um sistema moderno e inclusivo”. A mesa de debates teve como presidente a promotora de Justiça Fernanda Pawelec Vasconcelos, e como mediadores o juiz Túlio Duailibi Alves Souza e a magistrada Hanae Yamamura.

O magistrado destacou avanços, em especial representados pela criação de um banco de jurisprudência próprio do TJMT, que já reúne mais de quatro mil decisões.

“Estamos criando um banco de decisões do nosso Tribunal, reunindo entendimentos que refletem a posição majoritária da Corte. Esse acervo servirá como base para a aplicação uniforme da lei e para garantir o que buscamos no processo civil: estabilidade e previsibilidade nas decisões”, explicou Galhardo.

O juiz também apresentou detalhes sobre o sistema LexIA (Lex, de “lei” em latim, e IA, de inteligência artificial), ferramenta tecnológica desenvolvida exclusivamente pelo Poder Judiciário mato-grossense. A plataforma de inteligência artificial utiliza precedentes do próprio TJMT, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) para auxiliar na análise processual.

“A inteligência artificial não é o fim da Justiça como a conhecemos. É o início de uma Justiça mais humana, uma Justiça que liberta magistrados das tarefas mecânicas e lhes devolve tempo para o que é essencial: fazer Justiça com técnica, reflexão e empatia”, afirmou.

De acordo com o magistrado, a LexIA vem sendo aprimorada pela equipe técnica do Tribunal, com a participação direta de magistrados e assessores, que criam e validam os “agentes” utilizados pela IA. A ferramenta já demonstrou resultados expressivos: aumento de 102,5% na produtividade e redução de cerca de 45% no tempo médio de elaboração de votos, passando de seis para três dias.

Leia Também:  Juiz da 5ª Vara Criminal de Alta Floresta seleciona assessor de gabinete II

“Esses números mostram que estamos no caminho certo, pois o objetivo final é o cidadão, entregando uma tutela jurisdicional célere e qualificada. E o que observamos é que, com o auxílio da inteligência artificial, a qualidade do trabalho também aumenta”, ressaltou Galhardo.

“A LexIA representa mais do que um sistema, é um compromisso com uma Justiça moderna, ética, transparente e inclusiva. Uma Justiça que usa a inteligência das máquinas para potencializar a sabedoria humana. E, como toda inovação verdadeira, seu propósito final não é acelerar o processo, mas aproximar a Justiça de quem mais precisa”, finalizou.

Participante do painel, a juíza do Foro da Capital Hanae Yamamura ressaltou a importância de manter o foco no ser humano diante dos avanços tecnológicos no sistema de Justiça.

“O que a inteligência artificial pode nos auxiliar, na verdade, é justamente nas tarefas mais simples, nas rotinas que podem ser automatizadas. Mas é o ser humano que importa. O essencial é compreender a realidade de quem está diante de nós. Não existe inteligência artificial capaz de sentir a urgência, a dor ou o medo de uma mulher que pede proteção. A tecnologia pode agilizar processos, mas jamais substituirá o olhar atento e a empatia de um juiz ou de um oficial de justiça”, destacou.

A magistrada também ressaltou que a advocacia deve acompanhar esse processo de transformação, entendendo as novas ferramentas e cobrando o melhor uso delas em favor da sociedade.

“Precisamos aprender a usar essas tecnologias e, ao mesmo tempo, saber cobrar o seu uso responsável. A celeridade é importante, mas o cuidado é essencial. Onde for possível acelerar, que se acelere; onde for preciso sensibilidade, que ela prevaleça”, afirmou a juíza Hanae Yamamura.

O juiz Túlio Duailibi Alves Souza, coordenador do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (NugJur-TJMT), defendeu que a modernização tecnológica do Poder Judiciário deve vir acompanhada de empatia, cuidado e conexão humana.

“A transformação digital nos desafia a todo instante – seja nas estratégias de gestão, nas decisões institucionais ou nos investimentos em tecnologia. Mas não podemos perder de vista o essencial: a Justiça é feita por pessoas e para pessoas. Falar de automação sem olhar para o cuidado com o ser humano é um equívoco”, destacou.

Leia Também:  Mirassol D'Oeste contabiliza resultados positivos com o projeto para vítimas de violência doméstica

O juiz lembrou a experiência vivida pelo Judiciário durante a pandemia, quando a digitalização dos processos se tornou uma necessidade urgente. Segundo ele, o momento exigiu coragem e criatividade, mas também revelou o potencial transformador da tecnologia quando usada com propósito.

“Em 2019, quase todos os processos ainda tramitavam em papel. A pandemia nos obrigou a acelerar um processo que levaria anos. Em poucos meses, conseguimos digitalizar praticamente tudo. A partir daí, passamos a realizar audiências e sessões virtuais, e isso mudou completamente a nossa forma de trabalhar”, recordou.

O juiz destacou que, especialmente nas áreas da Infância e Juventude, o uso da tecnologia trouxe avanços concretos, ampliando o acesso à Justiça e garantindo maior celeridade nos atendimentos.

“Dentro da Infância e Juventude, o tempo custa caro. O tempo de uma criança ou de um adolescente é muito diferente do nosso. Quando passamos a realizar audiências virtuais, deixamos de perder tempo com burocracias e conseguimos garantir respostas mais rápidas. E isso fez toda a diferença”, explicou.

Para o magistrado, o desafio atual é manter o equilíbrio entre eficiência tecnológica e sensibilidade humana.

“Não dá para tratar o processo como mera resolução de papéis. O que precisamos é resolver conflitos. A Justiça Restaurativa nos ensina exatamente isso: colocar-se no lugar do outro, exercitar a empatia e compreender que cada decisão tem impacto direto na vida de alguém”, afirmou.

Ao concluir, o juiz reforçou que a evolução digital é inevitável, mas deve caminhar lado a lado com a valorização das pessoas que fazem a Justiça acontecer. “Aprender a lidar com a automação sem descuidar do vínculo humano talvez seja o nosso maior desafio. A tecnologia deve servir à Justiça, e não o contrário. Porque nada substitui o olhar no olho de quem bate às portas do Poder Judiciário”, concluiu.

Autor: Patrícia Neves

Fotografo: Maycon Xavier

Departamento: Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

política mt

mato grosso

policial

PICANTES

MAIS LIDAS DA SEMANA