TRIBUNAL DE JUSTIÇA MT
Mutirão Interligue Já reforça compromisso com o meio ambiente e a saúde pública em Cuiabá
Aberta na tarde desta segunda-feira (06), a terceira edição do Mutirão Interligue Já promoverá, diariamente, das 13h às 18h, 112 audiências de conciliação com vistas a agilizar a interligação dos imóveis à rede coletora de esgoto da capital. O objetivo é de, além de proteger o meio ambiente e a saúde, garantir comodidade e agilidade aos cidadãos.
A iniciativa é desenvolvida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em parceria com o Ministério Público Estadual (MPMT), a concessionária Águas Cuiabá e a Prefeitura. As audiências estão sendo realizadas no Complexo dos Juizados Especiais, até o dia 10 de outubro.
Voltado a procedimentos pré-processuais, o mutirão atende moradores que precisam interligar seus imóveis à rede pública de esgoto, evitando a judicialização de demandas e estimulando a regularização voluntária.
No total, as quase 600 audiências agendadas irão robustecer ainda mais um dado expressivo na capital: todos os dias, graças à cobertura da rede de esgoto, 14 toneladas de carga poluente deixam de ser lançadas em córregos.
“Porque se tem uma coisa que é finita neste mundo, é o recurso chamado água. Então nós temos que zelar. Sobretudo por água de qualidade, limpa. Acho que no futuro bem próximo nós teremos orgulho de termos os nossos córregos e rios novamente limpos. Fica aqui o meu pedido para que a população compareça e nos ajude no nosso mutirão”, explicou o juiz Emerson Luís Pereira Cajango, responsável pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Meio Ambiente (Cejusc Ambiental).
O magistrado ainda fez um apelo: “Então, são pequenos gestos, pequenas atitudes que nós podemos incorporar ao nosso dia a dia para que possamos conservar a nossa natureza. E não temos para onde correr. Estamos todos juntos. A nossa função aqui é preservar.”
Durante a solenidade de abertura, o magistrado reforçou que cada cidadão que comparecer ao mutirão terá à disposição uma muda de Ipê, por meio do Projeto Verde Novo – uma iniciativa do Poder Judiciário de Mato Grosso voltada à recuperação das florestas urbanas. Outro destaque voltado à construção da consciência coletiva sobre o uso dos recursos naturais foi a Calculadora Itinerante de Compensação de Gases de Efeito Estufa do TJMT.
“É uma causa em que toda a população vai ganhar. Nós estamos aqui passando para o terceiro Mutirão, com o foco em alguns bairros, mas o benefício é para toda a cidade de Cuiabá. Nós precisamos unir forças, para que a população compreenda. Se existe rede implantada, é para fazer a interligação. Isso é um ganho socioambiental imensurável, porque as estimativas são de que apenas 20% da população onde já existe a rede coletora irão realizar a interligação antes da audiência. Então, a gente tem um grande caminho a ser feito e a contribuição de cada um é fundamental para isso”, declarou a promotora.
O gestor judiciário do Cejusc Ambiental, Samir Padilha de Oliveira, explicou o fluxo de atendimento e destacou o caráter humanizado do trabalho. “Logo depois de a gente encaminhar as intimações, as partes, geralmente, entram em contato com a unidade. Explicamos qual é a finalidade do mutirão, o que possibilitará. Permitimos que vejam quanto à necessidade de fazer a interligação do imóvel e o fundamento projetor, e qualquer dúvida a gente encaminha o procedimento com o Ministério Público. Caso a parte já tenha iniciado a interligação, mediante comprovação do laudo e vistoria, o procedimento é arquivado. E todos ganham nesse processo. A sociedade ganha, o meio ambiente, a sustentabilidade”, explicou.
O diretor-regulador presidente da Regula Cuiabá, Alexandre César Lucas, também ressaltou o papel das instituições. “Nós estamos lidando diariamente tanto com as demandas do município, quanto com os anseios da concessionária. E na pauta nós temos o cidadão, que é o maior interessado pela execução desses serviços. Então, quando nós nos deparamos com o programa do nível e da qualidade de Interligue Já, nós enxergamos como um aliado para que, de fato, se efetive o acesso ao saneamento básico.”
A engenheira química e diretora operacional da Águas Cuiabá, Julie Campbell, destacou o avanço na conscientização da população e os resultados alcançados.
“Estamos aqui no terceiro Mutirão com a sensação de que a população está com essa consciência para fazer essa devida conexão, para que ela tenha um domínio ambiental e haja saúde para toda a população. Os nossos corpos hídricos precisam ser preservados para que a gente tenha essa evolução em prol das gerações futuras. Hoje a cobertura de esgoto é de 91% na capital. Então agora nós estamos com esse processo, nessa parceria para que a gente consiga trazer a população para fazer essa conexão.”
Um dos primeiros atendidos pelo mutirão, o advogado Renato Castrillon saiu do Cejusc com três acordos firmados, referentes a três matrículas de imóveis, todos localizados no bairro Popular. “Ao chegar aqui acabei descobrindo que tinha mais duas matrículas de imóveis. Então, já aproveitamos a oportunidade para fechar o acordo nos três casos e encerramos as demandas aqui.” Indagado sobre os ganhos ambientais, ele ressaltou: “O principal acho que é a questão ambiental, porque o descarte era feito de forma incorreta, mas aproveitando essa oportunidade a gente vê sim como um incentivo.”
O mutirão atenderá moradores dos bairros Boa Esperança, Jardim Petrópolis, Jardim das Américas, Shangrilá, Grande Terceiro, Popular, Bosque da Saúde e Santa Rosa.
Solenidade
Participaram da solenidade de abertura o gestor-geral do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TJMT (Nupemec), Sebastião José de Queiroz Júnior; a procuradora-chefe da Procuradoria de Assuntos Fundiários, Ambientais e Urbanísticos de Cuiabá, Patrícia Cavalcanti Albuquerque; a promotora de Justiça Maria Fernanda Corrêa da Costa; o diretor-presidente da Cuiabá Regula, Alexandre César Lucas; o diretor de Saneamento, Emerson Leite de Sousa; e a diretora operacional da Águas Cuiabá, Julie Campbell.
Autor: Patrícia Neves
Fotografo: Alair Ribeiro
Departamento: Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT
Email: [email protected]
TRIBUNAL DE JUSTIÇA MT
Poder Judiciário lança Clube do Livro para remição de pena em unidades prisionais de Cáceres
O Poder Judiciário de Mato Grosso, por meio da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres, lança nesta terça-feira (11), às 14h, no Plenário do Tribunal do Júri do Fórum local, o Projeto Clube do Livro de Remição de Pena pela Leitura. Trata-se de uma iniciativa que promove a ressocialização de pessoas privadas de liberdade por meio do incentivo à leitura, reflexão e desenvolvimento de senso crítico.
A ação foi idealizada e implementada pelo juiz José Eduardo Mariano, em conformidade com a Resolução nº 391/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que reconhece a leitura como prática social educativa. O projeto conta com parceria da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), por meio de professores e acadêmicos do curso de Direito do Campus Jane Vanini.
Nesta primeira etapa, o projeto atenderá 20 reeducandos, com previsão de expansão para até 80 participantes por unidade em 2026, conforme disponibilidade estrutural e logística. Para isso, foram criados dois clubes de leitura: o “Nelson Mandela”, na Unidade Prisional Masculina, e o “Eunice Paiva”, na Unidade Prisional Feminina.
O acervo a ser utilizado é composto por obras consagradas da literatura brasileira nos gêneros conto e crônica, além de novelas gráficas premiadas, incluindo adaptações de romances vencedores do Prêmio Jabuti.
Embora ainda não haja dados consolidados sobre a remição de pena pela leitura no município, o juiz José Eduardo Mariano avalia que a criação das bibliotecas, o treinamento dos mediadores e a implantação da metodologia já representam avanços concretos para o sistema prisional de Cáceres. “Sabemos que pessoas que cultivam o hábito da leitura tendem a reincidir menos. A literatura permite imaginar outros mundos e repensar a própria trajetória. No processo de reeducação, essa capacidade de reflexão é essencial para a construção de um novo horizonte de vida”, afirma o magistrado.
O juiz destaca ainda que o projeto representa um avanço em relação às práticas já adotadas nas unidades prisionais, ao priorizar o diálogo e a troca de experiências. “Tradicionalmente, a remição de pena pela leitura se baseia na produção de resenhas escritas. No Clube do Livro, buscamos ir além. Buscamos promover o debate, o compartilhamento de ideias e a expressão oral. Essa interação é fundamental no processo de transformação pessoal”, explica.
Segundo ele, a parceria com a Unemat garante a continuidade e a qualidade das ações. “Com a participação de professores e acadêmicos, o projeto ganha uma base sólida e permanente. As obras foram cuidadosamente selecionadas pelo coordenador, professor Juliano Kersul, com foco em textos que despertem reflexão e senso crítico. Também recebemos o apoio da Livraria Janina, que mobilizou doações e contribuiu para a formação do acervo, incluindo obras de autores mato-grossenses. Isso fortalece não apenas a ressocialização, mas também a valorização da cultura do nosso estado. Queremos que este seja apenas o começo e que o projeto se amplie a cada ano, levando mais conhecimento, debate e esperança a quem está em processo de recomeço.”
Metodologia
O Clube do Livro de Remição de Pena pela Leitura é resultado de um projeto de extensão da Unemat, inspirado na experiência do Clube do Livro Capitu, criado em 2022 e coordenado pelo professor Juliano Moreno Kersul de Carvalho. Em 2024, o grupo foi institucionalizado pela Portaria nº 01/2024 da 1ª Vara Criminal, e, em 2025 recebeu aprovação como projeto de extensão da universidade.
A metodologia, desenvolvida especialmente para o ambiente prisional, prevê 18 encontros presenciais por semestre em cada unidade prisional, com duração de duas horas cada. Na primeira hora, os mediadores de leitura realizam leituras em voz alta de contos ou crônicas da literatura brasileira, seguidas de uma roda de conversa para troca de impressões sobre o texto. Em seguida, os reeducandos têm acesso a outras obras literárias para leitura individual, conforme seu interesse.
A cada 12 encontros de que tenha participado, o reeducando terá direito à remição de quatro dias de pena, podendo alcançar até 48 dias por ano. A seleção dos participantes é feita pela direção de cada unidade prisional, com prioridade para internos que possuam Ensino Médio completo ou superior. Todos os participantes receberão certificação emitida pela Unemat.
A Universidade também atuará diretamente na formação dos mediadores e na execução do projeto, unindo ensino, pesquisa e extensão. “Estamos adaptando a ferramenta ‘clube do livro’ para o ambiente prisional, com uma metodologia específica que poderá ser replicada em outras comarcas do estado”, explica o professor Juliano Kersul, coordenador do projeto.
Autor: Adellisses Magalhães
Fotografo:
Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT
Email: [email protected]
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