POLÍTICA MT
ALMT debate irregularidades nos consignados de servidores públicos estaduais

Representantes de diversos sindicatos e servidores estaduais participaram da audiência pública nesta sexta-feira (6).
Foto: ANGELO VARELA / ALMT
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) promoveu nesta sexta-feira (6) uma audiência pública para discutir as possíveis irregularidades envolvendo os empréstimos consignados de servidores públicos estaduais, ativos e aposentados. A iniciativa partiu do deputado Henrique Lopes (PT), motivada por denúncias de descontos indevidos nos contracheques e abusos cometidos por instituições financeiras, com destaque para a empresa Capital Consig.
O deputado Henrique Lopes destacou a omissão do governo estadual diante de denúncias que vêm desde 2023 e defendeu a necessidade de aprofundar as investigações, responsabilizar os envolvidos e proteger os servidores prejudicados.
“A audiência reforça o papel da ALMT como espaço de escuta, fiscalização e articulação de medidas corretivas. A mobilização da ALMT, órgãos de controle e entidades sindicais, marca um importante passo rumo à responsabilização dos culpados e à proteção dos direitos dos trabalhadores do serviço público estadual”, disse o parlamentar.
A deputada Janaina Riva (MDB) também cobrou que a Assembleia instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o passado, já que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) se compromete apenas com medidas para o futuro. Para Janaina, sem a CPI, a Casa corre o risco de omissão institucional.
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, apresentou um projeto de lei, que será encaminhado a Casa de Leis, construído com representantes da ALMT, governo do estado e demais órgãos de controle. O texto prevê a limitação da margem consignável a 35% do salário líquido do servidor, a criação de um grupo de trabalho permanente com membros do TCE, ALMT, governo, Ministério Público de Mato Grosso (MPE), Procon e outros entes de fiscalização.
Segundo o conselheiro, o objetivo é pôr fim à “sangria que leva o servidor ao endividamento abusivo e assegurar que apenas instituições idôneas operem no setor”. Ele reforçou a necessidade de uma fiscalização rigorosa das empresas que atuam com consignado em Mato Grosso e da exclusão do sistema daquelas que cometeram irregularidades.
O vice-presidente da ALMT, deputado Júlio Campos (União), também se manifestou durante a audiência. Ele ressaltou que o projeto apresentado pelo TCE vai ao encontro das demandas dos servidores e defendeu uma atuação firme da Assembleia frente às denúncias.
“Nós estamos acompanhando de perto essas denúncias de irregularidades dos empréstimos e de outros bancos que estão aí prejudicando o salário dos servidores. Vamos acompanhar também de perto a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Revisão Geral Anual (RGA). É uma bandeira dos parlamentares, e esperamos que este ano seja votada”, disse Campos.
Durante a audiência, servidores relataram situações causadas pelo super endividamento. A aposentada Iraci Pires revelou que mais de 60% de sua aposentadoria está comprometida com consignados e que contraiu os empréstimos para cobrir despesas básicas: alimentação, medicamentos e contas. “Não foi para luxo. Foi para sobreviver”, afirmou.
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), Maria Fernanda Casula, expôs uma prática abusiva da Capital Consig, que elevou uma dívida de R$ 30 mil para R$ 82 mil em poucos meses, sem apresentar contrato ou explicações. Ela afirma que os descontos em folha seguem até hoje, consumindo mais de 60% do seu salário.
Carmen Machado, presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos de MT, afirmou que, desde o início desse processo de investigação relacionado aos consignados, a Federação, em conjunto com todo o Movimento Sindical Unificado, tem atuado de forma firme e responsável.
“Apresentamos requerimentos em diversas instâncias, começando pela gestão estadual, passando pela Assembleia Legislativa, pelo Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas, e também buscamos soluções a nível federal, acionando o Banco Central, o Ministério Público Federal e outros órgãos competentes. Afinal, estamos tratando de um possível crime contra o sistema monetário nacional, o que exige uma atuação em âmbito federal”.
De acordo com a sindicalista, são mais de 20 mil servidores prejudicados. “Eles estão financeiramente massacrados, e não estamos diante de um problema pontual. A Assembleia, enquanto poder independente, tem plenas condições de abrir uma CPI para investigar com profundidade. Acreditamos que essa postura é coerente com o momento e com a gravidade do que está sendo denunciado. Nosso foco não é apenas encontrar culpados, é, acima de tudo, encontrar soluções reais para os milhares de servidores que estão enfrentando um verdadeiro colapso financeiro. Precisamos de respostas e de resolutividade”, explicou.
O secretário de Planejamento de Mato Grosso (Seplag), Basílio Bezerra, esclareceu as ações do Executivo diante das denúncias envolvendo as empresas de crédito.
“Nosso objetivo aqui, de forma alguma, é criar qualquer tipo de embaraço para isso. Desde o começo, quando fomos acionados com fatos que comprovassem a atuação dolosa de uma empresa, tomamos providências. Em oito dias, após recebida essa informação, determinamos a suspensão das atividades dessa empresa, de forma cautelar. Encaminhamos o procedimento para nossa unidade de correição. Depois da apuração preliminar, foi encaminhado à Controladoria Geral do Estado (CGE), por haver elementos mais robustos. Com o relatório conclusivo, no final de abril, determinamos a entrega dos cartões físicos aos servidores, dos contratos eventualmente não entregues, e solicitamos parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para viabilizar a suspensão dos descontos de aproximadamente 13 mil contratos. Quando tivemos essa condição jurídica, a decisão foi imediata. A administração não ficou silenciosa. Precisamos ser motivados. Quando fomos oficialmente informados, tomamos as decisões”.
Encaminhamentos – Ao final da audiência pública, o deputado Henrique Lopes apresentou os encaminhamentos discutidos durante o debate. A possível abertura de uma CPI pela ALMT para investigar a fundo o endividamento dos servidores; a instalação de uma força-tarefa da Assembleia, a exemplo da já existente no TCE, voltada exclusivamente para o enfrentamento do superendividamento; a criação de mais uma força-tarefa específica para tratar da RGA dos servidores; a solicitação das atas das reuniões do MT Desenvolve, referentes ao período de 2020 a 2023 e informações sobre os valores recebidos pela MT Desenvolve para intermediar as operações do MT Card, bem como a identificação de seus sócios privados.
O parlamentar acrescentou ainda aos encaminhamentos, o pedido à Seplag para esclarecer qual conta é vinculada e qual CNPJ recebe os repasses da Capital Consig, Bem Cartões e demais operadoras, especificando se está em nome de empresas ou fundos de investimento; a requisição dos processos completos de descredenciamento das instituições Capital Consig, ClickBank Cartões e outras que atuam com crédito consignado; a determinação para que os órgãos de controle e fiscalização apontem o grau de responsabilidade da administração pública, com destaque à Agência de Fomento do Estado (MT Desenvolve) e à própria Seplag; a suspensão imediata, com base no Decreto 691/2016, de todos os descontos em folha referentes à Capital Consig e os apontamentos de caminhos para o ressarcimento dos valores descontados indevidamente dos servidores. E, por fim, a proposta do deputado Lúdio Cabral (PT) de utilização de recursos da MT Prev para mitigar as dívidas de servidores aposentados e pensionistas.
Fonte: ALMT – MT


POLÍTICA MT
Wilson Santos intervém e Instituto dos Cegos inaugura nova caixa d’água após interdição

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) participou, nesta sexta-feira (11), da inauguração de uma nova caixa d’água com capacidade para 200 mil litros, instalada no Instituto dos Cegos do Estado de Mato Grosso (Icemat), em Cuiabá. A estrutura foi viabilizada após solicitação do parlamentar ao Grupo de Amigos Diva, presidido por Edilson Queiroz, com apoio de empresários, ex-políticos, deputados e vereadores.
Para celebrar a conquista, a instituição organizou um almoço com apresentação da banda “Bengalas”, formada por músicos com deficiência visual atendidos pelo Icemat. O grupo musical animou o evento e encantou o público presente. “Quando você ajuda, fica mais feliz do que quem é ajudado. O Grupo Diva arrecadou um bom recurso para a aquisição da caixa d’água. Às vezes, complicamos nossa cabeça por bobagens. Ver esse grupo musical que, mesmo sem visão física, tem alma e coração, nos inspira. Eles superaram os obstáculos da vida com grandeza e leveza”, afirmou Wilson Santos.
O parlamentar destacou seu compromisso com a causa da inclusão. “Trabalhamos para firmar parcerias que gerem melhorias reais na vida das pessoas. O Icemat é uma entidade séria, com relevante trabalho social e nosso papel é somar esforços. Ao entrar neste espaço, nos sentimos seres especiais. É uma escola que acolhe tanto quem nasceu sem visão quanto quem a perdeu ao longo da vida. Agradeço aos parceiros do Grupo Diva por contribuírem com essa importante instituição”, disse.
O presidente do Grupo Diva, Edilson Queiroz, contou que foi sensibilizado pela demanda apresentada por Wilson Santos. “O deputado faz um trabalho brilhante ajudando quem mais precisa. Quando estive no Instituto, percebi que os estudantes levam uma vida normal e fiquei encantado com a banda musical. Estou feliz por ter somado a esse projeto. Essa foi apenas a primeira contribuição do Grupo Diva ao Icemat. Haverá mais parcerias. Podem contar conosco”, garantiu.
O presidente do Icemat, Udeilson César, agradeceu ao deputado e ao Grupo Diva pelo apoio. “Nossa parceria com o Wilson Santos vem desde 1992. Ele nunca se esqueceu do nosso movimento. Sua presença faz muita diferença. A Vigilância Sanitária havia interditado o Instituto por causa dos riscos de desabamento e contaminação da antiga caixa d’água. Agora, com a nova estrutura, poderemos oferecer melhores condições aos nossos alunos”, afirmou.
Com 46 anos de fundação, o Icemat atende cerca de 360 pessoas com deficiência visual, com idades entre seis e 83 anos, nas áreas de educação, esporte, saúde, cultura e lazer. A entidade conta com mais de quatro mil associados e tem como missão promover políticas públicas de inclusão, gerar oportunidades e garantir autonomia e direitos sociais a esse público.
Fonte: ALMT – MT
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