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POLÍTICA NACIONAL

Jovens senadores concluem programa e aprovação de projetos

Em sessão especial nesta sexta-feira (1º), o Plenário aprovou os três projetos apresentados nas comissões temáticas do programa Jovem Senador 2022. Durante a Semana de Vivencia Legislativa, os 27 estudantes selecionados pelo programa simularam a atuação dos senadores na discussão e elaboração de leis. Os três projetos serão encaminhados à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) para formalização de sugestão legislativa. Se aprovados na comissão, passarão a tramitar como projetos de lei no Senado.

A vivência legislativa da qual participaram os estudantes contou com três comissões temáticas: Nísia Floresta, relacionada ao meio ambiente; Cecília Meireles, dedicada à educação; e Sobral Pinto, voltada aos direitos humanos. Em cada uma delas, os estudantes debateram e redigiram uma proposta legislativa, votada nesta sexta em Plenário para encaminhamento à CDH.

Educação política

De autoria da Comissão Cecília Meireles, o projeto 1/2022, que institui a Semana Nacional de Incentivo à Educação Política, foi o primeiro a ser apreciado pelos jovens senadores, tendo sido aprovado por 24 votos. A semana seria realizada anualmente no âmbito do ensino fundamental II e médio, no período que compreendesse o dia 5 de outubro, data da promulgação do texto connstitucional de 1988.

O texto, que tem o objetivo de conscientizar os estudantes sobre temas relacionados à política nacional, foi relatado pelo jovem senador por Rondônia, Guilherme Bento Smaleski. A lei resultante do projeto entraria em vigor no ano subsequente de sua aprovação.

— Atualmente, os jovens não demonstram de maneira geral interesse pela política, e é necessário promover uma mudança nesse quadro, com estímulo ao desenvolvimento dessa capacidade na nova geração, para que ela possa ocupar os espaços públicos do país. A lei que resultar da aprovação do projeto poderá auxiliar na conscientização dos jovens estudantes sobre a importância de participação política e nos assuntos de interesses nacional. A proposição visa ao combate à desinformação recorrente na política brasileira, tendo em vista a atual conjuntura em que são disseminados conteúdos errôneos acerca do funcionamento das instituições estatais. Além disso, possibilita o acesso a educação de qualidade, com vistas a reacender o encantamento com a política, que é a principal ferramenta para a transformação da sociedade — ressaltou o relator.

Presidente da Comissão Cecília Meireles, a jovem senadora pelo Rio Grande do Sul, Jamily Aguirre Marques, observou que nenhuma das proposições apresentadas nas últimas onze edições do Programa Jovem Senador era relacionada à educação política nas escolas, o que justificou a apresentação da matéria:

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— A política transforma vidas e tem que ser um debate central em todas as escolas do país. A partir desse projeto de lei, poderemos mudar parte do currículo que tem vigência hoje em dia. Vai ser uma forma de emancipação, acima de tudo, o que é muito importante para a juventude do futuro e também da atualidade.

Meio ambiente

De autoria da Comissão Nísia Floresta, o projeto 2/2022 institui diretrizes para a conservação e a recuperação da fauna e flora ameaçadas de extinção, além de elevar as sanções aplicáveis aos crimes e às infrações administrativas.

Relatado pelo jovem senador pela Bahia, Ravan dos Santos Andrade, o projeto foi aprovado por 23 votos e uma abstenção.

Vice-presidente do Programa Jovem Senador e representante do Paraná, Gabriel Rigolim defendeu o projeto e disse que proteger o meio ambiente é um direito do povo brasileiro.

Guilherme Bento Smaleski também apoiou a proposição. Na opinião do jovem senador, a iniciativa colabora para a manutenção do equilíbrio ecológico, o qual evitará o surgimento futuro de novas pragas e doenças.

Coragem Civil

Por fim, os jovens senadores aprovaram o projeto que cria o Dia Nacional da Coragem Civil, a ser comemorado em 4 de maio, data que marca o falecimento, em 1935, de Leolinda Daltro defensora da emancipação feminina, do voto universal, da laicização do ensino e da causa indigenista, aos 87 anos. O projeto 3/2022 foi apresentado pela Comissão Sobral Pinto.

Aprovado por 24 votos, o texto foi relatado pela jovem senadora pelo Espírito Santo, Hellen Pellacani.

De acordo com jovem senador por Pernambuco, Manuel Davi de Medeiros da Silva, o projeto aprimora a cidadania. Em apoio à proposta, Erick Gabriel da Silva, representante da Paraíba, mencionou a valorização das pessoas que antecederam as presentes gerações na defesa da liberdade, enquanto a jovem senadora pelo Pará, Domingas da Silva Pereira, acentuou que o projeto recupera a memória dos defensores dos direitos humanos apagados pela historiografia oficial. A passagem do tempo pode igualmente tornar esquecidas as pessoas que se destacaram pelo direito das minorias, conforme o jovem senador pelo Maranhão. Guilherme Carvalho Bilio de Sousa, mas o Dia Nacional da Coragem Civil as resgataria.

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Em comentários gerais encaminhados ao e-Cidadania, os internautas que acompanharam a sessão apoiaram a apresentação dos projetos e a relevância do teor das proposições, e avaliaram que o Programa Jovem Senador aprimora o desenvolvimento e a aprendizagem cívica dos participantes.

Vivencia legislativa

Após a votação dos projetos, alguns jovens senadores ocuparam a tribuna para falar da participação no programa, que passou dois anos sem ser realizado devido à pandemia.

Ana Beatriz Martins de Freitas Amorim, jovem senadora pelo Acre, agradeceu o trabalho e dedicação dos seus orientadores. 

Ravan dos Santos Andrade, representante da Bahia, agradeceu aos organizadores e consultores legislativos do Senado pelo programa

— Levarei  ensinamentospara o resto de minha vida ensinamentos — afirmou.

Jovem senador pelo Ceará, Francisco Davi da Silva Pereira também comentou a sua participação no programa:

— Em um dos momentos mais críticos da sociedade, é necessário assumirmos nosso verdadeiro compromisso com um país digno para todos num futuro bem melhor, pois, como cantava Belchior, “o novo sempre vem”. E o novo somos nós, os jovens da nação, com desejos de lutar por justiça social. A experiência que vivemos aqui nessa semana deveria ser levada aos [outros] jovens. Levaremos sempre daqui os ensinamentos e as lições obtidos. Foi bom demais. Todas as trocas, os vínculos e as vivências criados serão de essencial importância para a nossa formação. Professores e professoras, continuem engajando seus alunos. Se hoje estamos aqui é porque todos acreditaram na educação, no projeto de transformar vidas.

Emocionada, a jovem senadora pelo Amapá, Quéren Hapuque de Araújo Lima, que presidiu os trabalhos da sessão, agradeceu aos familiares, professores e colegas a oportunidade de participar do Programa Jovem Senador:

— Agradeço a todos os professores que passaram a pela minha vida, que são a base do meu conhecimento. Não poderia deixar de citar os meus mentores da Secretaria de Educação do Amapá, que me resgataram, correram atrás de mim e me deram essa oportunidade de estar aqui. Aqui eu ganhei 26 amigos que quero levar para a vida toda. Muito obrigada.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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POLÍTICA NACIONAL

Projeto da LDO de 2025 mostra crescimento mais gradual dos resultados fiscais

O governo modificou a trajetória dos resultados positivos das contas públicas para os próximos anos, reduzindo de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para zero o superávit primário previsto para 2025 (a mesma meta de 2024). Pelas projeções do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 (PLN 3/24), a dívida pública só deve começar a diminuir em 2028.

A LDO estabelece as diretrizes para a elaboração do Orçamento do ano seguinte. Entre os parâmetros macroeconômicos considerados para as metas está o aumento do salário mínimo, que pode passar de R$ 1.412 para R$ 1.502 em 2025.

Os técnicos justificaram a mudança de trajetória pela necessidade de mostrar um cenário mais factível para os agentes econômicos. Na divulgação do projeto da Lei Orçamentária deste ano, a estimativa era de um superávit nas contas públicas de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% do PIB em 2026. Agora, a previsão é de uma subida mais gradual: 0,25% em 2026, 0,5% em 2027 e 1% em 2028. Pelas regras fiscais, a meta de resultado das contas públicas é considerada cumprida se ficar 0,25% do PIB acima ou abaixo do percentual fixado em lei.

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Para 2025, o PIB estimado é de R$ 12,4 trilhões. Portanto, a meta será cumprida mesmo que as despesas superem as receitas em até R$ 31 bilhões. O projeto da LDO, porém, estima um pequeno superávit de R$ 10,8 bilhões. São R$ 2.319,7 trilhões de receitas e R$ 2.348,8 trilhões de despesas. No total de despesas, cerca de R$ 40 bilhões em precatórios não são contados para o resultado fiscal.

Dívida pública
O governo trabalha por superávits para poder equilibrar a dívida pública. Para o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o aumento da dívida de 76,6% do PIB em 2024 para 79,7% em 2027 é sustentável. Segundo ele, em 2022, o mercado financeiro chegou a trabalhar com mais de 90% para os próximos anos. Mas ele disse que todos precisam estar atentos para as despesas públicas.

“Quando nós discutimos reoneração de folha, nós estamos falando sobre o equilíbrio da Previdência. Vamos dar passos atrás no equilíbrio da Previdência? Vai gerar de novo a escolha por um grupo beneficiado e depois, se nada for compensado, mais inflação e menos crescimento, afetando quem mais precisa. Nós temos contado com o apoio do Judiciário e do Congresso em todas as medidas e precisamos continuar assim. Mesmo naqueles casos em que tenhamos uma decisão da sociedade que precisa manter um benefício, ele precisa ter sua medida de compensação”, salientou.

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Revisão de gastos
De acordo com as novas regras fiscais, as despesas em 2025 podem crescer 70% da variação das receitas em um ano. A estimativa é que isso chegue a quase 6%. Mas existe um limite de 2,5% de crescimento das despesas na legislação. Portanto, o Executivo deverá ter um limite de R$ 2.135,5 trilhões no ano que vem.

Os resultados esperados se baseiam também em um crescimento econômico em torno de 2,5% ao ano até 2028 e em uma taxa de juros básica, naquele ano, de 6,77% ao ano. Hoje ela está em 10,75% ao ano.

O secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, disse que é esperada ainda uma redução de gastos de R$ 37,3 bilhões entre 2025 e 2028 com revisões de gastos com benefícios previdenciários e seguro agrícola.

Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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